A Rádio Frei Caneca está cada vez mais próxima de se tornar realidade nos ouvidos da cidade. Ao que tudo indica, isto ocorre até o fim de junho – seguindo as estimativas anunciadas por Roberto Lessa, presidente da Fundação de Cultura do Recife. Enquanto isso, a futura rádio pública tem um Carnaval pela frente. De ação (de divulgação) na folia – já que monta um espaço de música pernambucana e DJs entre a Rua da Moeda e a Rua Mariz e Barros, no Bairro do Recife – e de trabalho.
Depois da farra é que a “brincadeira” começa. No dia 10 de março, a primeira segunda-feira pós-Carnaval, será realizado um seminário, no auditório do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam), com a presença dos membros dos grupos de trabalho formados no último dia 11, na primeira reunião com os conselheiros de Cultura municipais. São três grupos, por eixo de atividade: Financiamento, Modelo de Gestão e Programação, cada um com cerca de dez pessoas. Entre os convidados para o seminário, está prevista a vinda de Ana Veloso, conselheira da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e representante do Intervozes, cuja publicação sobre o sistema público de comunicação em 12 países servirá de base para as discussões sobre o funcionamento da Rádio Frei Caneca.
Segundo Patrick Torquato, gerente de Música da Prefeitura do Recife – e possivelmente futuro gerente da emissora, o projeto está, desde o fim de 2013, em fase mais executiva, um verdadeiro alento para quem vem esperando esse sonho se tornar realidade (com todos os prováveis percalços de uma realidade) há quase 15 anos, quando o nome da rádio foi colocado no papel pela primeira vez. Torquato diz que esta fase de pré-parto gira em torno de dois focos principais: o trabalho de consulta popular, que deve durar 45 dias, e a realização dos procedimentos legais para montar a antena (no prédio da Sudene), liberar o canal (268) e realizar a licitação para os equipamentos. Isso será feito assim que a equipe da fundação se liberar das burocracias das contratações de Carnaval.