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Joan Baez se apresenta nesta sexta no Recife

Cantora de folk e grande ativista social, Joan toca no Teatro RioMar

Do JC Online
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Publicado em 28/03/2014 às 7:00
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Cantora de folk e grande ativista social, Joan toca no Teatro RioMar - FOTO: Foto: Divulgação
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Musa da esquerda nos anos 1960/70, a musicista folk e ativista social Joan Baez encerra sua turnê sul-americana nesta sexta-feira (28), às 21h, no Teatro RioMar, após passar por Argentina, Uruguai, Chile e pelas cidades brasileiras de Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Esta é a primeira passagem da cantora permitida no Brasil. Quando esteve aqui, em 1981, desagradou tanto o governo do general Figueiredo que teve proibidos todos os cinco shows que apresentaria no País. 

Em clima democrático, ela revive, na turnê brasileira, sucessos da revolucionária década de 1960, como Cálice, de Chico Buarque e Gilberto Gil, Gracias a la vida, de Violeta Parra e Imagine, de John Lennon. Em São Paulo, ela cantou a memóravel Caminhando (para não dizer que não falei de flores), de Geraldo Vandré, com a companhia do músico. Apresentada em um festival de música em 1968, a canção foi logo transformada no hino da juventude contra o regime militar. Vandré subiu ao palco com Baez, mas permaneceu estático, sem cantar. Apesar disso, foi aplaudido pelo público.

Assim como os outros shows da turnê, o de Recife terá uma média de 20 músicas, entre elas algumas mais conhecidas e outras praticamente desconhecidas. No entanto, até nas versões mais famosas, ela faz reinterpretações diferentes, para que elas pareçam novas. É o caso de Blowin in the wind escrita por Bob Dylan, que só se tornou conhecida a partir da interpretação de Joan Baez. As duas celebridades da música folk viveram um caso de amor na década de 1960 e o afeto ainda se faz presente na escolha do repertório pela cantora. De Bob Dylan, ela também cantou, em São Paulo, Farewell Angelina e It’s all over now, baby blue. A segunda provavelmente escrita para ela.

A expectativa é a de que as apresentações não serão muito diferentes entre si. Logo, o do Recife seguirá mais ou menos o mesmo repertório dos outros shows.

PERSONALIDADE

A cantora Joan Baez se tornou um ícone na década de 1960 por estar envolvida ativamente em diferentes movimentos políticos. Na histórica Marcha Sobre Washington, em 1963, quando Martin Luther King disse ao mundo que tinha o sonho de viver em uma nação sem preconceitos, ela cantou e discursou. Em 1967, foi presa duas vezes, por protestar contra a Guerra do Vietnã. Dois anos depois, apresentou-se no festival de música Woodstock, com outros músicos célebres da época, como Jimmi Hendrix e Ravi Shankar.

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