SEIS DÉCADAS DE ROCK

Fender Stratocaster completa 60 como um dos principais objetos de adoração do rock

Modelo foi imortalizado nas mãos de grandes ícones da música mundial como Jimmi Hendrix, Eric Clapton, David Gilmour e George Harrison

Do JC Online
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Publicado em 17/11/2014 às 13:12
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Vencer a barreira do tempo é um dos principais fatores que faz, de um objeto qualquer, clássico. A Fender Stratocaster, que em 2014 completa 60 anos, fez ainda mais do que isso: conseguiu ultrapassar o tempo como um dos objetos mais adorados e mais importantes para a história da música mundial. Seja pelo seu formato simples e confortável ou pela sua sonoridade única, a guitarra continua sendo uma das mais queridas, tanto para experientes guitarristas quanto para os iniciantes. No Recife, a sua importância é celebrada nesta segunda-feira (17), durante evento na Gig Recife, do Shopping RioMar, com ações que vão desde exposições de modelos a pocket shows.

Criada por Leo Fender, George Fullerton e Freddie Tavares, em 1954, o modelo de guitarra revolucionou o mercado musical com a versatilidade oferecida por suas duas cavidades no corpo, e seus três captadores single coil, e se tornando queridinha de diversos ícones de várias vertentes musicais. A lista é extensa e de peso: Buddy Guy, Jimmi Hendrix, Eric Clapton, Ritchie Blackmore, David Gilmour, George Harrison, Yngwie Malmsteen, Steve Vay, Jeff Beck e muitos outros. O instrumento teve o seu timbre único eternizado em músicas como Layla, da Derek and the Dominos; Another brick in the wall (parte 2), da Pink Floyd; e até mesmo no riff mais repetido de todos os tempos: Smoke on the water, da Deep Purple. 

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Foi com sua Stratocaster Brownie que Eric Clapton gravou o super sucesso Layla, em 1970, - Reprodução/Internet
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David Gilmour utilizou uma Fender Stratocaster durante as gravações do álbum The Wall, da Pink Floyd - Reprodução/Internet
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Em 1967, Jimi Hendrix impressiona o público do Monterey Pop Festival ao incendiar sua strato - Reprodução/Internet

 

Em seis décadas, o que não faltam são histórias em que o instrumento se torna protagonista. Afinal, qual músico nunca ouviu falar da história apresentação de Jimi Hendrix, no Monterey Pop Festival de 1967, em que ele surpreendeu o público ao atear fogo e depois destruir sua guitarra no palco? Ou de como Bob Dylan surpreendeu o público do Newport Festival, em 1965, ao aparecer com uma guitarra?

O músico Luciano Magno contabiliza doze guitarras em sua coleção pessoal, sendo três modelos stratos, e garante que não abre mão delas: “São guitarras fundamentais para certos momentos na gravação, principalmente quando se fala de rock’n roll. O próprio design dela e o brilho do seu som a tornam indispensável para a vertente roqueira”, afirma. 

O guitarrista Fred Andrade reforça a ideia de que o design, aliado à versatilidade de seu sistema de captação, facilitou a popularização da guitarra: “A Strato é uma guitarra muito ergonômica, que encaixa muito bem em todo tipo de corpo e que, além de vestir melhor que outras guitarras, tem uma chave seletora de cinco posições, proporcionando uma grama de timbres muito maior que outros instrumentos, lhe dando uma extensão que vai do grave ao superagudo”. “A Fender Stratocaster é, certamente, a guitarra mais icônica do planeta. Não tem muito o que falar sobre – é sentar, tocar e se admirar com o som dela”, completa.

O músico Rodrigo Morcego conta que a Fender Stratocaster é uma das guitarras mais tradicionais, que se preservam com uma qualidade muito boa e são sonho de consumo de quem esta começando a tocar. “A Fender é como se fosse aquele brinquedo que todo mundo quer ter. E que, quando tem, não enjoa”, conta. Segundo ele, há toda uma mística envolvida em torno da guitarra. “Os sons, os timbres e o seus ídolos tocando constroem um mito com a guitarra. É uma relação indescritível, como se fosse um sonho de adolescente realizado”, explica. “Pra quem é instrumentista, a celebração desse dia prova que, por mais que as coisas estejam mudando, ainda tem muita coisa que é valorizada. Depois de 60 anos, ainda há o respeito, o interesse e a emoção toda em torno do instrumento, ainda bem”, pontua.

Durante o evento comemorativo na Gig Recife do Shopping RioMar, Rodrigo Morcego realiza um pocket show com a Fender Stratocaster 1956 Heavy Relic Custom Shop Anniversary, um dos cinco modelos lançados pela marca para celebrar os 60 anos. Acompanhado de Roberto Leite, no contrabaixo, e Arthur Azoubel, na bateria, o guitarrista promete explorar um repertório que passa pelos grandes ícones que utilizaram a Stratocaster, de Bud Holly a Jimmi Hendrix.

Além de Morcego, se apresentam na Gig Recife Fred Andrade e Roberto Torao. O evento conta ainda com exposições de guitarras, test drive de produtos e debates com especialistas em modelos da Fender.

Confira como era feita uma Stratocaster nos anos 1950 e como é feita atualmente:

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