Tracunhaém

Adelmo Arcoverde lança segundo álbum solo no Tipoia Festival

Apesar de acessível a qualquer ouvido, a complexidade de elementos presentes na obra do violeiro a torna impossível de ser rotulada

Marcos Toledo
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Marcos Toledo
Publicado em 23/11/2014 às 6:00
Chico Porto/JC Imagem
Apesar de acessível a qualquer ouvido, a complexidade de elementos presentes na obra do violeiro a torna impossível de ser rotulada - FOTO: Chico Porto/JC Imagem
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Uma das atrações deste domingo (23/11) do 15º Tipoia Festival, em Tracunhaém (a 49 km do Recife), o violeiro Adelmo Arcoverde lança seu segundo álbum solo, Mensageiro. Além do repertório deste disco, ele interpreta temas do anterior, Convertido (2013).

O evento, que teve início na última sexta-feira (21/11), termina este domingo com programação gratuita, a partir das 17h. Também sobem ao palco Orquestra Seraphins, Forró de Dão, Tercina, Rozenbac, Terreirada, Troco da Jurema e Alegria da Noite com participação de Zé Borba.

Instrumentista, compositor, arranjador, professor e pesquisador, Adelmo Arcoverde, 59 anos, só lançou seu primeiro CD solo no ano passado. Desde então sua produção não para. Além do segundo disco, o músico já tem três projetos em andamento: um terceiro álbum solo; outro CD no qual gravará dois concertinos junto com uma orquestra sinfônica; e a publicação em livro de seu método próprio para viola que encanta e até surpreende violeiros e público de todos os cantos do País.

Em Mensageiro, Adelmo reúne toda essa sua experiência e mantém a linha de concepção inaugurada no CD anterior - inclusive o belo design gráfico. Logo na abertura, porém, o ouvinte é presenteado com um tema diferenciado - e ousado -, Concertino nº 1, dividido em três movimentos.

Nos 11 temas (oito próprios, um de seu filho André Arcoverde e os demais assinados por Josafá Penaforte e Demétrio Fernandes) que compõem Mensageiro, Adelmo mostra, além de virtuosismo, uma versatilidade no instrumento - com direito a improvisação - que flerta com ritmos universais, que vão do repente, do maracatu rural, do bumba meu boi e do fandango ao rock progressivo e o bluegrass.

Apesar de acessível a qualquer ouvido, a complexidade de elementos presentes nos dois álbuns de Adelmo Arcoverde os tornam impossíveis de rotular ou classificar sua música. É simplesmente música de primeira qualidade.

Leia a matéria completa na edição deste domingo (23/11) do Caderno C do Jornal do Commercio.

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