O presidente americano, Barack Obama, e a princesa do pop Katy Perry se uniram para transformar a premiação do Grammy desse domingo (8), ao menos por alguns minutos, em uma campanha contra a violência doméstica.
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Ao fim do espetáculo realizado no ginásio Staples Center de Los Angeles, Obama apareceu inesperadamente em uma mensagem gravada e transmitida em um telão em cima do palco. Sua mensagem: convocar os telespectadores a erguer sua voz contra a violência de gênero.
"Neste momento, cerca de uma em cada cinco mulheres nos Estados Unidos foi vítima de estupro ou tentativa de estupro. E mais de uma em cada quatro mulheres sofreu alguma forma de violência doméstica", disse o presidente. "Isso não está certo. Isso tem que terminar", acrescentou.
Logo depois, a sobrevivente de violência doméstica e ativista Brooke Axtell subiu ao palco e contou sua história. "Após um ano de romance apaixonado com um homem bonito e carismático ele começou a abusar de mim e eu estava atordoada", disse Axtell.
"Acredito que ele estava me atacando porque estava sofrendo e precisava de ajuda. Pensei que minha compaixão podia mudá-lo e restaurar nossa relação. Mas minha empatia estava contra mim", disse. "Tinha medo dele e estava envergonhada por estar nesta situação", contou Axtell.
Posteriormente Katy Perry, que acaba de causar sensação mundial graças ao seu show pirotécnico no intervalo do Super Bowl, cantou "By the Grace of God". A opinião pública americana tem prestado atenção nos últimos tempos na questão da violência doméstica, em parte devido a alguns abusos vinculados a atletas famosos.
Obama disse que os artistas "têm um poder sem igual para ajudar a mudar mentalidades e atitudes".
Momentos antes, o rapper Pharrell Williams apresentou uma versão de seu sucesso "Happy" com o pianista Lang Lang e aproveitou para homenagear o movimento que busca deter a brutalidade policial contra os negros no país.