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Robert Plant e St. Vincent se destacam no Lollapalooza

O festival tem seu segundo e último dia neste domingo (29). Entre as atrações estão o pop de Pharrell Williams e o rock dos Smashing Pumpkins

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Publicado em 29/03/2015 às 13:26
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O festival tem seu segundo e último dia neste domingo (29). Entre as atrações estão o pop de Pharrell Williams e o rock dos Smashing Pumpkins - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook
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O fim de tarde em Interlagos no sábado (28) coroou um rei e uma rainha do Lollapalooza. Robert Plant, que alavancou seu show com sucessos do Led Zeppelin, e St. Vincent, encantadora a ponto de se tornar o assunto do festival nas redes sociais.

Para superá-los, Jack White entrou forte no show de encerramento da primeira noite do evento. Abriu com "Icky Thump", música de sua ex-banda, White Stripes. Ele voltaria a visitar esse repertório, como em "Hotel Yorba".

Entre rock e momentos de country acelerado, ele disparou canções de sua carreira solo, como "Lazaretto", que dá nome a seu segundo álbum.

Em um cenário simples dominado por fortes luzes azuis, White proibiu que os fotógrafos registrassem seu show. O som empolgava as 66 mil pessoas presentes, longe de lotar o espaço que comporta até 100 mil. No fim da tarde, havia movimentação nas bilheterias e cambistas vendiam ingressos pela metade do preço oficial.

Antes, Plant fez um show curto, com 12 músicas, sete delas do repertório do Led Zeppelin. Ele abriu com "Babe I'm Gonna Leave You", do álbum de estreia da banda, de 1969, e fechou com "Rock and Roll", do quarto disco.

A voz dele segue forte, e essa constatação nasce da esperteza dessa lenda viva do rock. Plant modifica um pouco os arranjos originais, o suficiente para colocá-lo numa zona de conforto, sem forçar os agudos. Quando no fim do show, os acordes de "Whole Lotta Love" ecoaram pelo autódromo, era possível sentir uma tensão por todo o lugar. Não se ouve um hino do rock com seu criador todos os dias.

Shows quase tão bons como esse seguraram bem um dia que começou problemático, com o cancelamento do show de Marina and the Diamonds. Quando o público entrava no autódromo era avisado das alterações de horários no palco Axe, onde Marina cantaria.

O cancelamento do show foi providencial para que essa noite fosse melhor para o Kongos, banda de rock sul-africana. A ausência de Marina deu a eles um horário nobre no Lollapalooza -passaram de 15h30 para 20h15, momento com muito mais público circulando em Interlagos.

Apesar de pouco conhecidos ainda no Brasil, animaram a plateia com rock que usa acordeão e mistura o ritmo sul-africano kwaito e reggae. Os sucessos "I Want to Know" e "Come With Me" arrancaram palmas e pulos. É difícil não vibrar e aprender rápido os refrões fáceis e grudentos. Os fãs ganharam também duas músicas inéditas, "I Don't Mind" e "Taking for Me".

Até as 17h, os únicos shows com bom público e empolgação total foram da Banda do Mar, num karaokê dos fãs de Mallu Magalhães e Marcelo Camelo, e dos americanos do Fitz and the Tantrums, desconhecidos por aqui mas que souberam usar seu soul pesado e dançante para capturar a plateia. Em sequência, escalados no palco Skol, os ingleses do Alt-J conseguiram reunir e entreter uma plateia numerosa, que os acompanhou em sucessos como "Matilda" e "Breezeblocks".

Isso apesar de seu som -um indie rock eletrônico, lento e choroso- não ser exatamente o mais adequado para a amplidão de um festival como o Lollapalooza, em que as nuances se perdem no ar.

Ao mesmo tempo, Kasabian e St. Vincent injetaram rock em intensidade, mas com pegadas diferentes. Os ingleses apostaram em rock retrô, que atraiu um público que misturava jovens e gente madura. Já a americana cantou e tocou para uma molecada que mostrou acompanhar sua carreira bem de perto. Linda, virou a musa do festival.

St. Vincent trocou de guitarra várias vezes, usou e abusou de pedais de efeitos e mostrou rock moderno, misturado a outros ritmos. O público aprovou e ela retribuiu, descendo junto à plateia nos ombros de um segurança e erguendo uma bandeira do Brasil.

Depois da consagração de St. Vincent, Marcelo D2 apostou na segurança de seu repertório, sozinho ou com o Planet Hemp. Substituindo de última hora a banda irlandesa Kodaline, que teve problemas com visto, D2 fez um show de hits e deixou a moçada cantar. Já o DJ americano Skrillex fez um show abarrotado, subindo em sua mesa de som, cantando por cima das músicas.

O festival tem seu segundo e último dia neste domingo (29). Entre as atrações estão o pop de Pharrell Williams e o rock dos Smashing Pumpkins.

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