INTIMISTA

Isaar investe em formato pocket para shows

Cantora se apresenta no Palafa companhada por violão e trombone. Projeto é alternativa econômica ao trabalho que desenvolve com banda

Alef Pontes
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Alef Pontes
Publicado em 04/06/2015 às 5:08
Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Cantora se apresenta no Palafa companhada por violão e trombone. Projeto é alternativa econômica ao trabalho que desenvolve com banda - FOTO: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Se apresentar com uma grande banda nem sempre é uma tarefa fácil. A lógica é bem simples, quanto maior o número de timbres e integrantes, maior são as despesas e dificuldades com transporte e choque de agendas, por exemplo. É essa posição desprivilegiada que tem levado diversos artistas a buscar uma adaptação e novos métodos para divulgar seu trabalho. Este é o caso da cantora Isaar França, que iniciou uma série de pocket-shows em trio no início do ano e se apresenta nesta quinta-feira (04) , a partir das 21h30, no Palafa Clube. 

“Na realidade, eu não me desfiz da banda. Como não estava conseguindo circular muito com esse show, optei por reduzir o grupo e fazer apresentações acompanhada de violão de oito cordas (Rama Om) e trombone (Daniel Ferraz)”, adiantou em entrevista ao JC. A estreia do projeto aconteceu na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, durante a 29ª edição da Festa da Lavadeira. Antes de retornar ao Recife, o trio se apresentou ainda no espaço Raízes, em Brasília. 

Com o sucesso da experiência nos dois ambientes, bastante distintos entre si – o primeiro, uma festa tradicional da cultura popular, e o segundo, uma casa que costuma receber baladas –, a cantora voltou instigada e decidida a aproveitar o momento da cidade, “que está com alguns espaços de shows menores, para se apropriar e amadurecer o projeto”.

Apesar da redução de timbres e sons, Isaar garante que a sonoridade não fica tão distorcida: “As canções não ficam tão distantes do que são”. Se a banda garante uma pegada mais animada e músicas mais recheadas, em trio o show acaba se tornando mais tranquilo e espontâneo. “Gosto de cantar com menos informações sonoras. É melhor para a voz. E acaba sendo um show em que tanto a voz, as canções e as letras ficam mais visíveis”, explicou Isaar.

No show, a cantora mistura as canções dos seus três trabalhos autorais (Azul claro, Copo de espuma e Todo calor). “É claro que a gente quer mostrar o disco como ele foi feito e prestigiar todo mundo que participou, mas não faltarão oportunidades”.

A naturalidade da apresentação e a proximidade com o público, propiciada pelos espaços menores, acaba permitindo também uma maior troca entre artista e espectador, com abertura para conversas e comentários sobre as músicas.

Isaar conta que a intenção é realizar uma apresentação por mês na cidade e convites não têm faltado: já tem datas marcadas no Castro Alves, em julho, e no Espaço O Poste, em agosto. O último, aliás, normalmente dedicado ao teatro, foi o berço do projeto. Foi durante uma canja realizada na abertura do espaço que surgiu o embrião do modelo. “Vai ser uma celebração do surgimento”, brincou entusiasmada. 

Conha o álbum Todo calor:

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