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A sambada de Siba ao vivo no Santa Isabel

O músico se apresenta nesta sexta (26) e sábado (27), com show de lançamento do seu segundo álbum De Baile Solto

Alef Pontes
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Alef Pontes
Publicado em 26/06/2015 às 10:45
Foto: José de Holanda
O músico se apresenta nesta sexta (26) e sábado (27), com show de lançamento do seu segundo álbum De Baile Solto - FOTO: Foto: José de Holanda
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Lá vem Siba: depois de muita expectativa e já tendo repercutido por onde passou, o músico faz, no Recife, o lançamento oficial de seu segundo disco solo, De Baile Solto. Trazendo ritmos da música pernambucana como elemento central do trabalho, o show chega à cidade em duas noites, hoje e amanhã, no Teatro de Santa Isabel. 

Na apresentação, segundo o músico, o público pode esperar o trabalho cru, como ele foi concebido: para ser uma reverência a cultura popular e a musicalidade de rua. “A gente trabalhou esse disco pensando, principalmente, no ato de tocar ao vivo e focamos muito em criar uma proposta de levar a música de rua e o jogo de presença física para palco”, explica.

Siba complementa afirmando que o momento do palco é a continuidade de um processo que teve início logo após o Carnaval, com a reunião da banda para focar nas apresentações: “Nós queríamos trazer o show que a gente tem tocado junto e, por isso, não colocamos nada que quebrasse o fluxo da apresentação. Eu até pensei muito em chamar algumas pessoas para participar destes shows, mas decidimos apostar nessa proposta de unidade mesmo”. Além de cantar e tocar guitarra, ele é acompanhado, nos shows, por Leandro Gervázio (tuba), Antônio Loureiro (bateria) e Lello Bezerra (guitarra). 

Segundo Siba, o repertório das apresentações foi montado seguindo a lógica de privilegiar a dinâmica do show. “De maneira alguma ele segue a ordem do disco. O álbum vai ser apresentado em outra ordem, em um repertório que se expande um pouco mais, abrangendo outras coisas, principalmente da Fuloresta e algumas músicas de Avante”, adianta.

Apesar de ter realizado uma sequência de shows em São Paulo, entre os meses de abril e maio, e uma curta temporada na América do Sul, com apresentações na sala La Ballena do Centro Cultural Kirchner (Buenos Aires) e na Sala Verdi (Montevideo), Siba considera a apresentação do Recife como o primeiro show oficial de lançamento do álbum: “Nós tocamos algumas vezes em São Paulo desde abril, em um espaço menor, foi uma espécie de teste. É um momento onde são realizado os ajustes e o show se define. O lançamento oficial acontece agora”.

Sobre a sua primeira passagem pelos países da América do Sul, ele confessa ter sido uma experiência interessante, que pode reverberar em outras viagens, em breve. “Foi a minha primeira ida, depois de muito tempo de estrada, e foi muito especial. Na Argentina principalmente, onde a gente dividiu o palco com Naná Vasconcelos e Mr. Jam (da Silva). Foi um primeiro encontro bem interessante, até pela proximidade linguística, política e geográfica. As próprias letras conseguem falar um pouco mais com esse público”, conta.

Mas, garante, é no Recife que a apresentação do De Baile Solto ganha um significado especial. “É a minha cidade e o berço de todo trabalho. Este é um disco que fala muito sobre um contexto local. O ponto de partida é o maracatu e a problemática do maracatu de baque solto. E o Recife é o lugar de onde esse disco pode ter mais significado”, pondera, entusiasmado, enquanto confessa que a expectativa não podia ser maior.

Após as duas apresentações no Santa Isabel, a turnê segue para São Paulo. Siba também afirma estar em negociações para uma agenda em Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte, entre outros lugares do País.

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