Beyoncé e Pearl Jam liderarão o Global Citizen Festival em Nova York, que, pela primeira vez, será transmitido para o mundo no dia 26 de setembro, em apoio à luta contra a pobreza.
Entre os demais participantes figuram o grupo Coldplay e o cantor britânico Ed Sheeran. O evento ocorrerá no Central Park e será gratuito para os presentes comprometidos com a erradicação da pobreza.
Este show anual, iniciado em 2012, coincide com a Assembleia Geral da ONU e será realizado um dia após a apresentação dos novos objetivos para combater a pobreza.
Estes "objetivos de desenvolvimento sustentável" devem substituir os do Milênio, que buscavam a diminuição da pobreza no mundo, mas cujos resultados são díspares.
O festival deste ano "é particularmente gratificante já que vamos nos concentrar e usar nossos talentos em apenas um objetivo: colocar fim à pobreza extrema no mundo", declarou Beyoncé em um comunicado publicado nesta quinta-feira.
O festival, que foi transmitido nos Estados Unidos pela rede MSNBC, poderá ser visto desta vez em todo o mundo ao vivo pelo YouTube.
Beyoncé surpreendeu no ano passado ao aparecer neste festival junto ao seu marido, o rapper Jay Z.
Outro convidado inesperado, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, prometeu durante o Global Citizen Festival melhorar a coleta de lixo em seu país.
"Os riscos são muito maiores este ano. Nos focamos nos novos objetivos para que não sejam apenas uma enumeração de desejos, mas objetivos plenamente financiados", explicou à AFP o diretor do projeto da ONU contra a pobreza, Hugh Evans.
Malala Yousafzai, a jovem paquistanesa prêmio Nobel da Paz, convocou na terça-feira em Oslo os dirigentes do mundo a financiar 12 anos de escolaridade gratuita para todas as crianças do mundo, um valor que equivale a oito dias de gastos militares.
Segundo a ONU, os Objetivos do Milênio estabelecidos para 15 anos permitiram o progresso, já que 836 milhões de pessoas vivem atualmente na extrema pobreza, contra 1,9 bilhão em 1990.
Mas a ONU ressalta que persistem problemas como a ausência de educação para milhares de crianças, as desigualdades de gênero e a escassez de água, que atinge 40% da população mundial.