O cantor de R&B americano Chris Brown foi autorizado nesta sexta-feira a sair das Filipinas, depois de ter ficado detido durante dois dias acusado de fraude por uma seita cristã. O astro de 26 anos, detido em Manila, obteve um documento que assegura que não tinha nenhuma obrigação legal com as Filipinas e que era livre para ir embora, declarou em um SMS à AFP Elaine Tan, porta-voz filipino de Imigração. Em um curto vídeo publicado em sua conta do Twitter, é possível ver o cantor caminhando na pista do aeroporto.
Chris Brown, que maltratou em 2009 sua noiva da época, a diva do pop Rihanna, deu um show na terça-feira em Manila diante de milhares de fãs. O cantor se preparava para partir a bordo de seu jato particular quando uma influente organização religiosa conservadora, Igreja de Cristo, foi à justiça para impedi-lo de abandonar o arquipélago.
— Chris Brown (@chrisbrown) 24 julho 2015
Referindo-se a manobras fraudulentas, a seita afirmou que o cantor não se apresentou a um show que deveria ter feito aos seus fiéis no dia 31 de dezembro de 2014 no Philippine Arena, o maior estádio coberto do país, do qual a seita é proprietária. A organização exige de Brown um milhão de dólares.
Segundo a imprensa, o cantor explicou que não pôde viajar às Filipinas na data porque havia perdido seu passaporte.
Em sua conta no Twitter, o cantor falou sobre sua grave situação e suplicou às autoridades para que o deixassem partir, fazendo um apelo ao presidente americano Barack Obama. "Alguém deverá pagar por ter misturado meu nome com tudo isso. Eu não fiz nada ruim", declarou.
O ministério da Justiça filipino informou na quinta-feira que o promotor apresentava um caso por fraude. A seita Igreja de Cristo, que é ultraminoritária em um país onde 80% dos 100 milhões de habitantes são católicos, tem grande influência política.