Trinta anos depois da apresentação memorável no primeiro Rock in Rio, do qual foi ícone, a banda inglesa Queen chegou cedo para se reapresentar no festival, em sua edição 2015: o grupo toca só no dia 18, mas já desembarcou e deu entrevista, no Hotel Copacabana Palace, nesta quinta-feira (10).
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Com o cantor norte-americano Adam Lambert no lugar de Freddie Mercury (1946-1991), o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor prometeram shows ainda melhores do que os de 1985. Eles tocam também em São Paulo e em Porto Alegre.
"Nós aprendemos muita coisa nesses 30 anos. Quando viemos no primeiro Rock in Rio, foi incrível, porque não esperávamos que o público cantasse cada palavra", disse May. "Não sabíamos se daria certo, pensávamos que cantaríamos num teatro para mil pessoas."
Taylor lembrou o ineditismo do festival brasileiro. "Era algo totalmente novo. Nós trouxemos todo o nosso equipamento. Para todo mundo foi como a primeira vez. Um marco. Espero que agora seja outro marco."
Egresso do programa de TV American Idol, Lambert tinha apenas três anos em 1985, mas garante que não fica nervoso com a pressão sobre ele nas apresentações com os veteranos do Queen. Sobre comparações com o antigo vocalista, conta que queria ser pianista e compositor também. "Nós já fizemos shows ao redor do mundo, então não estou mais intimidado como há três anos", assegurou.
"O maior talento do Freddie era a conexão com a plateia e isso o Adam também tem. Quando entra no palco, não é tentando ser o Freddie. Os dois têm vozes incríveis, do tipo que não se acha em um bilhão de pessoas", considera May, que prometeu hits e lados B para a plateia brasileira, e um momento especial em Love of my life, com a imagem de Freddie projetada.
O grupo veio com antecedência para o Rio para ensaiar. "Mas quero sair, tomar uma tequila", avisou Lambert.