Dois grandes discos pop do ano passado trazem uma assinatura que virá pela primeira vez ao Rock in Rio. V, do Maroon 5, e 1985, de Taylor Swift, chegaram ambos ao topo da mais importante parada de vendas norte-americana. E, não coincidentemente, nos créditos, lá estava o nome de Ryan Tedder, uma espécie de novo prodígio do circuito.
Produtor e compositor, o norte-americano de 36 anos, há mais de 10 anos ajuda a encontrar a tal "fórmula de sucesso" para os outros. Nesta sexta-feira (18/9), quando subir ao Palco Mundo, do Rock in Rio, às 22h30, com a sua banda OneRepublic, ele sentirá na pele a mesma sensação pela qual já passaram os citados Maroon 5 (na versão carioca, em 2011) e Taylor (em Las Vegas, em 2015)
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Mais de uma década trabalhando nos bastidores do pop, ele encontrará a consagração diante de 85 mil pessoas e em uma posição invejável na programação, antes apenas da atração principal da noite de abertura do festival, o Queen.
O OneRepublic foi a segunda tentativa de Tedder de encontrar o estrelado estando diante do público. Aos 21 anos, ele participou e venceu uma competição de calouros da MTV norte-americana, que garantiria um contrato com uma gravadora e um disco lançado. Nada do acordo foi cumprido, contudo, e o rapaz se viu perdido. Foi o produtor Timbaland, que, no início dos anos 2000, era um verdadeiro Midas do Pop, quem resgatou o jovem daquilo que seria ostracismo e o levou para trabalhar com ele, sentado diante de mesas de som e mixagem. "Foi um período ótimo de aprendizado", disse o músico, sobre o período de 2002 a 2004, no qual trabalhou com Timbaland.
Tedder ajudou a criar os discos de Justin Timberlake, Missy Elliot, Nelly Furtado, todos sucessos daquele início de década. O pop aprendido ali está em hits dele que serão exibidos na Cidade do Rock, como Couting Stars, Secrets, Good Life e All The Right Moves.
RETORNO
O movimento de sair dos créditos das canções e ficar frente a frente com o público também foi seguido por Nasri Atweh, líder do Magic!, outra atração do festival, no dia 20/9, às 18h, no Palco Sunset. Ele criou canções para Justin Bieber, David Guetta, Shakira, entre outros da lista de realizações do duo The Messengers, mantido ao lado de Adam Messinger.
Na frente da própria banda desde 2012, ele foi responsável pela música mais tocada do verão norte-americano no ano passado, o reggae Rude. "Acho que ter conhecimento é poderoso demais", disse Nasri. "Quando se está nessa posição, como aquela que eu tinha, de produtor e compositor, você aprende muitas coisas sobre a indústria. Agora que estamos em turnê, sei o que isso significa, entende? Isso ajuda a guiar as decisões da banda e de toda a carreira."
Diferentemente de Tedder, contudo, Nasri já conhece o Rock in Rio (e o Brasil). Ele e o Magic! se apresentaram no Brasil em 2014, e, na versão de Las Vegas do festival, quando levaram uma espécie de brisa marinha ao deserto norte-americano. "Meu foco, hoje, é continuar com a banda", explica. "Escrevi músicas para várias pessoas e sempre quis trabalhar nas minhas próprias canções. Quero me comunicar diretamente com os fãs."