RIO DE JANEIRO - Depois da velocidade impressionante do som do Lamb of God, as coisas diminuíram bastante de rapidez com a entrada do Deftones no Palco Sunset. Mas isso não significa que a intensidade caiu, muito pelo contrário: a mistura de metal, grooves e - pasme - psicodelia da banda fez a multidão pular como poucas vezes se viu nesse festival.
Liderado pelo cantor Chino Moreno, o Deftones começou no fim dos anos 1980 na Califórnia e tem sete discos de estúdio. No início, fazia um som bem rápido e com influências do punk californiano de Black Flag e Circle Jerks, mas depois foi diminuindo a velocidade de sua música enquanto incorporava elementos de hip hop, timbres eletrônicos e stoner (uma versão lenta, psicodélica e arrastada de metal, altamente influenciada pelo Black Sabbath).
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Moreno, filho de pai mexicano e mãe chinesa, é um vocalista singular na cena de metal, capaz de intercalar momentos de pura agressividade e voz gutural com outros bem mais melódicos, em que exibe sua voz de tenor.
Também é um letrista talentoso, que abre mão do estilo direto e simplista que caracteriza muitas letras do gênero e se arrisca em textos mais elaborados e pessoais. Moreno não esconde suas influências: subiu ao palco com uma camisa de Morrissey, ex-cantor do Smiths.
O show durou uma hora e teve 12 músicas, incluindo algumas das favoritas dos fãs: Diamond Eyes, Be Quiet and Drive (Far Away), Passenger, Change (In the House of Flies) e encerrando com Headup, parceria de Chino com Max Cavalera.