Apresentação

O Rappa confirma fidelidade do público em show no Baile Perfumado

Depois de uma semana gravando imagens para seu quarto DVD, banda carioca lotou a casa de espetáculos recifense

Bruno Albertim
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Bruno Albertim
Publicado em 22/11/2015 às 12:58
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O público que lotava o grande salão do Baile Perfumado, a casa de shows do Prado, precisou gastar bem a sola do sapato ao som dos DJs locais. Com os portões abertos às dez da noite, a banda carioca O Rappa só entrou no palco logo depois da uma da matina. Mas a espera pareceu muito menor que o entusiasmo geral - do público e da própria banda. “Recife é o lugar!”, disse o vocalista Marcelo Falcão, nitidamente feliz depois de uma semana de trabalho duro na cidade. “A gente não podia estar em outro lugar agora a não ser aqui”.


Com direção do cineasta Lírio Ferreira para a produtora pernambucana Luni, O Rappa passou a semana gravando imagens para seu quarto DVD. O principal show do projeto deveria ter acontecido no Marco Zero, mas as liberações oficiais acabaram não saindo e o roteiro foi alterado. Ainda se tentou gravar no Cais da Alfândega, mas o Corpo de Bombeiros não concordou com o risco de aglomerar a multidão no terreno relativamente enxuto entre o rio e o mar.
No show, com uma felicidade do tamanho dos próprios dreads locks, Falcão fez questão de lembrar que viveu uma das semanas mais importantes e emocionantes da carreira da banda. O Rappa gravou várias cenas em locações da cidade, principalmente na Oficina Brennand, na Várzea. Ontem, a equipe envolvida comemorava o trabalho emocionado num dia de locações num catamarã conduzido pelo Rio Capibaribe, no Centro do Recife.


“Queremos muito agradecer à galera toda que esperava uma coisa e teve outra. Mas no Carnaval, a gente termina de gravar o DVD”, disse Falcão, informando que equipe e banda estarão de novo sob as câmeras no principal palco da folia do Recife. Impressionada com a energia da plateia no último Carnaval, quando se apresentou também no MZ, a banda decidiu gravar seu quarto DVD na cidade.


Depois da abertura com um sampler de clássicos recentes do pop brasuca, inclusive com uma longa citação de Rios, pontes e overdrives, de Chico Sciense e Nação Zumbi, Falcão soltou a voz na canção Fronteira. Já tinha o público ganho e, das mais radiofônicas às menos óbvias, fez a plateia cantar sílaba por sílaba cada frase. Foi um show em última voltagem do começo ao fim. Sem surpresas ou sobressaltados, exatamente como o público que pagou o ingresso com renda integralmente revertida para o Hospital do Câncer de Pernambuco esperava.

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