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Paralamas, Paula Toller, Nando Reis e Pitty vão celebrar juntos 60 anos de rock no Brasil

Nivea Viva Rock Brasil chega ao Recife no dia 30 de abril. Liminha comanda uma superbanda

Marcelo Pereira
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Marcelo Pereira
Publicado em 24/02/2016 às 9:08
Ali Karakas/Divulgação
Nivea Viva Rock Brasil chega ao Recife no dia 30 de abril. Liminha comanda uma superbanda - FOTO: Ali Karakas/Divulgação
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SÃO PAULO - Os 60 anos do rock no Brasil é o mote deste ano do projeto que vai reunir num mesmo show Paralamas do Sucesso, Nando Reis, Paula Toller e Pitty cantando os maiores sucessos de todos os tempos. Sim, um verdadeiro hit parade, daqueles que fazem lembrar o antigo Cassino do Chacrinha. Eles estarão acompanhados de uma superbanda sob a regência do maestro Liminha, diretor musical (que também estará empunhando o baixo), formada por Dado Villa-Lobos (Legião Urbana, guitarra), Maurício Barros (Barão Vermelho, teclados) e Rodrigo Suricato (Suricato, guitarra). O Nivea Viva Rock Brasil vai ter avant-première no dia 15 de março, no Rio de Janeiro. A turnê passa por sete cidades. A terceira parada é no Recife, em 30 de abril.

Agenda dos shows

15/3 -Avant-première
3/4 - Porto Alegre
10/4 Rio de Janeiro
30/4 - Recife
15/5 - Fortaleza
22/5 - Salvador
5/6 - Brasília
26/6 - São Paulo

Nivea Viva Rock Brasil fecha um ciclo do projeto, que já celebrou Elis Regina com Maria Rita, Tom Jobim com Vanessa da Mata, o samba com Alcione, Martinho da Vila, Roberta Sá e Diogo Nogueira; e a black music de Tim Maia. O projeto já foi visto por quase 1,9 milhão de pessoas. "Ao completar cinco anos de projeto, vamos apresentar um tributo a um gênero enraizado na cultura do País", diz Tatiana Ponce, diretora de marketing da Nivea Brasil. Por razões de confidencialidade da empresa, o valor do projeto não é divulgado, mas o investimento será maior do que no ano passado.

"Foi surpreendente e foi uma escolha de atitude celebrar o rock", disse produtora Monique Gardenberg, pela quarta vez à frente da direção artística do projeto. "O show vai passar por todas as fazes, desde a jovem guarda, Mutantes, tropicalismo, Rita Lee, Raul Seixas, Titãs, Blitz, rock dos anos 1980... As músicas pontuam cada época do rock, incluindo o manguebeat".

A lista é ainda maior. Roberto Carlos estourou em 1955 com Quero Que Tudo Vá para o Inferno. Um dos primeiros sucessos do rock foi de Celly Campello, com Banho de Lua. "A lista é grande e ainda não está fechada. Os anos 90 foi o de maior sucesso comercial e inclui Skank, J. Quest. Chico Science, Raimundos e Charlie Brown Jr. e Los Hermanos", comenta Liminha, sem saber ainda o que vai ser cortado. "A primeira versão tinha dava mais de quatro horas de show".

Baixista dos Mutantes, banda fundada há exatos dos Mutantes, e produtor do disco Da Lama ao Caos, de Chico Science & Nação Zumbi, cabe a Liminha coordenar tudo o que vai rolar no palco do show. As estrelas do espetáculo vão se revezar cantando, ora em momentos solo ora em dupla ou conjunto. Dado Villa-Lobos, a princípio também canta duas músicas (sendo uma delas do Legião, claro) e Suricato, uma.

"O rock dos anos 80 me deu coragem de escrever em português", disse Pitty. "Ele me mostrou que pode fazer rock em português, que fica bonito, que não é só coisa de gringo". "As mulheres estão bem representadas", comentou Paula Toller, fazendo não somente uma alusão a ela e a Pitty como integrantes da banda, como às possíveis músicas selecionadas. "Nós todos somos além de cantores e intérpretes também compositores. Nós retratamos histórias de nossas vidas, de nossa geração e que refletem os momentos que passamos no Brasil".

Com relação ao repertório ser um hit parade, Nando Reis saiu em defesa do que possa ser costurado no show. "Os grandes sucessos do rock no Brasil não é apenas o sucesso comercial, das gravadoras. É o que o público gosta, independente das classes sociais. Não é uma coisa que bem de cima para baixo. É mais democrático e não elitista".

Portanto, não se pode ir ao show do Nívea Viva Rock Brasil esperando ver e ouvir o Lado B.  "Eu vivo o rock. Acompanho tudo de perto, foi a clubes, a show. Tem muita banda que ainda não apareceu. Pela época, existe um microcosmo onde as coisas ocorrem, em escala menor e mais verdadeira", disse Pitty. Mas este tipo de música só o futuro dirá o seu destino. "É importante trazer esse debate sobre o rock e o que ele representa para atualidade do Brasil, sobre o momento que o País atravessa", pontuou Herbert Vianna.

 

Público total do projeto: 1,896 milhão

2012 - Maria Rita canta Elis - 300 mil

2013- Vanessa da Mata canta Tom - 441 mil

2014 - Alcione, Martinho da Vila, Roberta Sá e Diogo Nogueira cantam o samba 430 mil

2015 - Ivete e Criolo canta Tim Maia - 725 mil

 

O repórter viajou a convite da Nivea

 

 

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