Anitta (ainda) está na crista da onda. Para desespero dos críticos musicais de plantão, o sucesso da funkeira-pop ultrapassou as barreiras do hit Show das Poderosas, em 2013. Hoje, está às voltas com os preparativos da turnê do seu terceiro disco de estúdio Bang (2015) e na próxima sexta-feira (25), junto com o fenômeno teen Biel, se apresenta no Villa da Serra, em Gravatá, para animar os baladeiros pernambucanos em plena Sexta-feira da Paixão.
Em entrevista ao JC, a cantora tenta explicar sua longevidade no complicado mercado fonográfico: “Tento dar o meu melhor para entregar um resultado que o público goste tanto quanto eu gosto de fazer. Eu e minha equipe pensamos sempre em ter novidades. Fico muito feliz com todo o reconhecimento pelo nosso empenho”, responde a artista.
Os números de Anitta são invejáveis para o curto período de carreira, principalmente na internet. Com 1 milhão e 400 mil seguidores apenas no YouTube, seus clipes na plataforma de vídeos acumulam cerca de 423 milhões de visualizações. O status de poderosa chama atenção de crianças, jovens e adultos, além do público LGBT, que é presença garantida nas suas apresentações. “Meu público sempre foi muito eclético, assim como meus shows são. Acho isso maravilhoso! Sempre quis poder cantar de tudo e para todos, minhas músicas e todo o meu trabalho seguem essa linha, essa minha vontade. E se as pessoas gostam, fico muito feliz”, conta a diplomática cantora.
O ano de 2016 tem sido interessante para Anitta, e os fãs começam a perceber os voos mais altos da carioca, que começa a ganhar o mundo. No mês passado, ela lançou um clipe em parceria com o astro colombiano J. Balvin e declarou já ter traduzido algumas canções suas para o inglês e espanhol. Mas a própria cantora explica que esse projeto de importação da sua música anda a passos cuidadosos: “A carreira internacional é, sim, um sonho que eu estou buscando aos poucos, com calma e muita sabedoria. O tamanho do meu trabalho aqui no Brasil acaba gerando uma expectativa grande nas pessoas, mas preciso começar do início, como foi aqui”, pondera a cantora e compositora.
Esse ritmo de calma e cautela que a funkeira-pop está passando reflete até na nossa conversa, quando evitou responder algumas questões, como o conteúdo de empoderamento feminino que aparece em muitas de suas canções. Mas, para quem está na expectativa de (re)vê-la em Pernambuco na próxima sexta-feira, Anitta promete colocar todo mundo para dançar: “O público vai ouvir meus maiores sucessos, como Bang, Deixa ele sofrer, Essa mina é louca, e também verá meus bailarinos com coreografias maravilhosas. Tudo para fazermos uma grande festa juntos”, enfatiza.
O tiro certo que foi dado em 2013 continua proporcionando uma carreira de muito êxito para a carioca de apenas 22 anos. Entre quadradinhos, rebolados, coreografias chicletes e hits com clipes virais, a jovem – que na verdade se chama Larissa – vai firmando seu nome artístico no Brasil, com o anseio de ultrapassar, muito em breve, as barreiras do país.
