Com direção do ator pernambucano André Brasileiro, Elba Ramalho foi uma das grandes consagradas na 27ª edição do Prêmio da Música Brasileira, na cerimônia realizada na noite da última quarta-feira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Idealizado pela também pernambucana Margarida Rodrigues, o álbum “Cordas, Gonzagas e afins” rendeu à veterana cantora paraibana, de grande intimidade com os palcos pernambucanos, os prêmios de Melhor álbum e melhor cantora na categoria “Música Regional”.
Ontem, no Rio ainda, de onde emarbacou para o Recife para atuar, como protagonista, no último final de semana do espetáculo, Ossos, no Teatro Apolo, Brasileiro comemorava o reconhecimento. “Esse prêmio é muito especial porque foi um trabalho de equipe muito forte e que traz uma carga de muitos afetos que nos levaram do Sertão ao Mar pelas mãos de Elba, uma ‘cantriz’. Ela entende tudo do seu ofício e da força do teatro.
No espetáculo com repertório de Gonzagão, o diretor usou Dominguinhos e seu tio, o diretor de teatro Luiz Mendonça, como referência. Uma coincidência: dirigida por Mendonça, no início da carreira, Elba ganhou um Molière, seu primeiro prêmio de teatro com o espetáculo Viva o cordão encarnado, do Grupo Chegança.
Morto este ano, Naná Vasconcelos ganhou um prêmio póstumo categoria Projeto especial, pela parceria com Zeca Baleiro, Naná Vasconcelos e Paulo Lepetit no álbum Café no Bule.
Na categoria pop e afins, Elza Soares ganhou o Melhor Álbum por “A Mulhr do Fim do Mundo”. O prêmio de melhor cantor ficou com Lenine. melhor cantora, com Gal Costa e melhor grupo, com Titãs.
Sobretudo pela homenagem a Gonzaguinha nesta edição do PMB, Elza se disse muito emocionada. “Não dormi pensando em como seria o Prêmio da Música Brasileira... A minha ligação com Gonzaguinha é muito grande. Fui a primeira a gravar música dele. Tinha e ainda tenho muito carinho e respeito por ele... Cantar "O Que É, O Que É" significa muito para mim...”, disse, em sua conta no Facebook. Entre os muitos premiados, Caetano Veloso & Gilberto Gil levaram o de Melhor Álbum de MPB por Dois Amigos, um Século de Música.
