RACISMO

Apresentador de televisão chama Ludmilla de ''macaca'' e cantora aciona a Justiça

Ofensas foram ditas ao vivo, durante quadro do programa "Balanço Geral DF"

JC Online
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Publicado em 17/01/2017 às 22:36
JR Duran/Reprodução
Ofensas foram ditas ao vivo, durante quadro do programa "Balanço Geral DF" - FOTO: JR Duran/Reprodução
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A funkeira Ludmilla vai entrar com um pedido de prisão contra o apresentador da Record Marcos Paulo Ribeiro de Moraes, conhecido como Marcão do Povo, após ter sido chamada por ele de "macaca". As ofensas foram proferidas durante a apresentação do quadro "A Hora da Venenosa", no programa "Balanço Geral DF".

Na ocasião, ele comentava o fato de Ludmilla ter se recusado a tirar fotos com fãs em um restaurante da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, quando disparou: "É uma coisa que não dá para entender. Era pobre, macaca…Pobre, mas pobre mesmo”, afirmou.

Esse programa foi exibido no dia 9 de janeiro, mas as imagens caíram na internet nesta semana. 

Essa não é a primeira vez que a cantora é vítima de racismo. Em maio do ano passado, Ludmilla acionou a justiça após ser vítima de injúria racial em seu perfil no Instagram.

Denúncia

Em nota, a assessoria de imprensa da artista divulgou que "assessoria jurídica da Ludmilla tomará todas as medidas legais cabíveis".

A cantora também se pronunciou nas redes sociais, dizendo que "Infelizmente, ainda existem pessoas que não compreendem que a discriminação racial é crime". 

 

Infelizmente, ainda existem pessoas que não compreendem que a discriminação racial é crime e alguns, ainda usam o espaço na mídia para noticiar mentiras ao meu respeito, ofender, menosprezar e propagar todo o seu odio. Não deixaremos impune tais atos, trata se de um desrespeito absurdo, vergonhoso. Fica evidente que esse cidadão @marcaoapresentadortv não possui nenhum pudor ou constrangimento em ofender alguém em rede nacional. Como já foi dito por Paulo Autran, “todo preconceito é feito da ignorância”, visto que os racistas não possuem um conhecimento de moralidade, tratando sua própria cor de pele como superior e única. Isso tem que ser combatido e farei a minha parte, quantas vezes for necessário.

Um vídeo publicado por Ludmilla (@ludmilla) em Jan 17, 2017 às 3:50 PST

 

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