Um festival que começou tímido, mas que tomou grandes proporções. O Guaiamum Treloso Rural levou seis mil pessoas a sua prévia com um público e atrações bastante diversificados, na tarde do último sábado (9), na Fazenda Bem-Ti-vi, em Aldeia. Um dos destaques do início da tarde foi a banda curitibana Marrakesh, que se apresentou no Palco Devassa, por volta das 15h. Com um som um tanto tímido, o grupo começou a conquistar o público.
“O som deles é bem interessante. Eu não os conhecia, mas quando eles começaram a tocar e a cantar, comecei a me identificar com a qualidade e com as letras de uma forma que eu nem sei explicar. Eles são muito bons”, relatou o designer Francisco Lopes. Durante a apresentação do grupo, uma atração que chamou a atenção dos presentes foi a das “Fadas do Amanhecer”. As “fadas” entraram no show, se apresentaram ao som das músicas e “trouxe” o público para dentro da vibe do festejo.
Outra atração que levantou a multidão ficou a cargo do Palco Naná Vasconcelos. Assim que entrou no palco, Jaloo cantou os seus maiores sucessos embalados pela energia do público que o acompanhou e pode vibrar junto ao artista. “Um dos artistas que eu mais coloquei expectativa para o Guaiamum foi ele [Jaloo], e ao acompanhar o show vi que valeu muito a pena. Ele tem uma energia incrível, sabe como levar a gente com ele”, destacou a professora Luana Mendes.
Durante a sua apresentação, Jaloo deu espaço para a MC Tha, que assim que entrou no palco levou os presentes à loucura ao som da música “Valente”. “É uma energia surreal. Ela está representando os pretos, de comunidade, que sabem o que quer e estão sempre na luta. Creio que a inserção de artistas como ela no line-up de convidados do evento foi um sucesso”, declarou o produtor cultural Marcelo Lima.
BREGA
A presença do cantor pernambucano Dadá Boladão no festival foi a prova de tem espaço para todos os ritmos. O artista subiu ao palco ao som de “De Ladin” e embalou a noite dos presentes sob forte presença do brega. “Com toda a certeza, ter colocado o Dadá Boladão no evento foi uma forma de mostrar o quão diversificada é a cultura do Brasil”, pontuou a estudante de artes plásticas, Larissa Lins.
O funk foi outro ritmo que marcou presença no palco do festival. O estilo musical foi representado pela carioca Carolina de Oliveira Lourenço, mais conhecida como MC Carol. A funkeira, dona de uma carreira polêmica, alcançou seu primeiro sucesso com a música "Bateu uma Onda Forte". Com um discurso feminista, a carioca levantou a energia e fechou a noite do festival com chave de ouro.