Carnaval 2019

Gravatá Jazz Festival teve até heavy metal no domingo

O guitarrista Andreas Kisser foi a grande atração

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 04/03/2019 às 11:43
Foto: Divulgação/Secretaria de Cultura de Gravavtá
O guitarrista Andreas Kisser foi a grande atração - FOTO: Foto: Divulgação/Secretaria de Cultura de Gravavtá
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“Sepultura, Sepultura, Sepultura”, um inusitado corinho que irrompeu no Gravatá Jazz Festival neste domingo Quem estava no palco era o one man band Vasco Faé, que levantou a plateia tocando gaita, guitarra e bateria, também cantando, desfiando uma série de clássicos do blues e soul, rock e musica brasileira, alguns bem manjados, feito Please Don¹t Go. Músico que já passou pelo Blues Etílico e Irmandade do Blues, Faé sabe dominar uma plateia, e fez isso até que chamou ao palco Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, que motivo o corinho gritando o nome da banda, as muitas camisas pretas e o entusiasmo na apresentação que fechou a noite.

Andreas Kisser não tocou Sepultura, mas depois de repassar blues, soul, hits feito Superstition, de Stevie Wonder, entrou na sua praia, o metal pesado, carnavalizando o GJF com Deep Purple, Led Zeppelin e Black Sabbath. O paciente Kisser depois do show atendeu os fãs da Sepultura que formaram fila para conhecer pessoalmente o ídolo e fazer a inevitável selfie.

ABERTURA

A cantora anglo-nigeriana Folakemi e que mora no Rio, estreou no GJF, agradando com um repertório de r&b, com destaque para Just Once, primeira gravação feita no Brasil, lançada como single nas plataformas digitais. “Vocês conhecem Johnny Cash?” Somente num evento deste naipe um músico faz a pergunta no palco e vários braços levantados confirmam. Aconteceu durante a apresentação de Dasta & The Smokin Snakes, banda de rock-a-billy de Natal (RN), que percorreu um repertório com hits do mais puro estilo de rock and roll, um deles Folsom Prison Bues, do citado Johnny Cash. Quem abriu a edição 2019 do GJF foi a Trimúrti, grupo local, que tocou um set-list bem de acordo com o espírito do festival, blues, rock, soul.

HENDRIX

Aos que podem achar que por ter o “jazz” no nome, o festival de Gravatá é de músicos herméticos, tocando música complicada, o que acontece é exatamente o contrario. Os músicos tocam, em sua maioria, música acessível, com apelo tanto para quem costuma escutar jazz e blues, quanto para neófitos. Foi isto que fez a Vintage Pepper, banda do Recife, que se baseia em standards da canção americana e blues.

Inteiramente de branco, acompanhado por músicos pernambucanos, o guitarrista Victor Biglione prestou uma homenagem àquele que é considerado o maior guitarrista da história do rock, o americano Jimi Hendrix e o talento de Biglione se encaixaram na medida.

Hoje o GJF tem o casal Airto Moreira e Flora Purim, que moram nos EUA desde os anos 60, e formam no primeiro do jazz. Airto, que há anos não tocava no Brasil, revolucionou a percussão do século 20. Os dois mantêm carreira solo, ao mesmo tempo em que tocaram com gênios feito Chick Corea e MilesDavis, para citar uns poucos. Uma oportunidade rara. A noite terá ainda a Uptown Blues Band, com Nuno Mindelis, e o Mr.Trio.

Gravatá fica a 86,3 km do Recife, e o festival é aberto ao público

 

 

 

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