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'Homecoming' mostra razões pelas quais Beyoncé é um ícone

Filme disponibilizado na Netflix traz show do Coachella e bastidores

Márcio Bastos
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Márcio Bastos
Publicado em 17/04/2019 às 19:58
Parkwood Entertainment/Divulgação
Filme disponibilizado na Netflix traz show do Coachella e bastidores - FOTO: Parkwood Entertainment/Divulgação
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Desde o dia em que disponibilizou de surpresa o disco que leva seu nome, em dezembro de 2013, Beyoncé tem feito de cada lançamento seu um evento que “quebra a internet”. Não foi diferente com Homecoming, documentário que estreou nesta quarta-feira (17) na Netflix, registrando os bastidores dos icônico shows da cantora no festival Coachella, em 2018. A diva norte-americana disponibilizou ainda um disco ao vivo com as 38 canções que compuseram a apresentação, além de duas inéditas.

A performance de Beyoncé no Coachella, que ficou conhecida como Beychella, foi um daqueles eventos que já nascem históricos. A artista reuniu no palco cerca de 100 dançarinos e dezenas de músicos, todos negros e a maioria proveniente de instituições de ensino fundadas antes do fim da segregação racial nos EUA e que tinha como objetivo fomentar a educação de jovens negros.

Juntos, celebram a cultura afro-americana e consolidar seu posto como uma das artistas mais importantes da história da música pop e do r&b. Anteriormente agendada para se apresentar na edição de 2017, Beyoncé precisou adiar o show por conta de sua gravidez. Menos de um ano após dar à luz os gêmeos Sir e Rumi, ela subiu ao palco do festival com uma energia renovada, entendendo o que o momento significaria na sua carreira, já que se tornaria a primeira mulher negra a ser headliner do evento (e apenas a terceira mulher na história do Coachella). Homecoming captura a força do show e o magnetismo de Beyoncé, que comanda uma plateia de 125 mil pessoas. Sua voz, mais grave com o passar do tempo, parece mais poderosa e ela, mais livre.

Apesar de cada segundo ser milimetricamente pensado – como mostram as transições no documentário entre as apresentações de fins de semana diferentes, mas exatamente iguais, com exceção do figurino – a artista parece era se divertindo como nunca. O show é um deleite, com todos os sucessos da artistas, a maioria reimaginados com novos arranjos, além de participações luxuosas de Jay-Z, Kelly Rowland e Michelle Williams, suas companheiras do Destiny’s Child, J Balvin e Solange, sua irmã. Com direção de Beyoncé, o filme mostra o esforço criativo e físico de Beyoncé para atingir a perfeição no palco.

A maratona intensa de ensaios começou meses antes, quando Beyoncé ainda se recuperava da cesárea, após uma gravidez difícil. Sua visão artística – ela confere os mínimos detalhes, do cenário ao figurino, passando pelos arranjos e as coreografias – é ousada.

Os bastidores mostram ainda momentos delicados da artista com seus filhos, e com o marido Jay-Z, que também participa do show. É uma oportunidade interessante também de entender os simbolismos por trás da performance, a importância dada por Beyoncé à questão da educação e do empoderamento negro, inserindo gravações de falas de pensadores, ativistas e artistas, como Maya Angelou e Toni Morrison.

LEMONADE

Os fãs de Beyoncé, inclusive, só têm motivos para comemorar. De acordo com a revista americana Variety, a cantora disponibilizará o Lemonade em todas as plataformas digitais na próxima terça-feira (23). Até agora, o aclamado sexto álbum da norte-americana só estava disponível no Tidal, serviço de streaming do qual ela e Jay-Z são sócios.

A data é emblemática: há três anos ela transmitiu o álbum visual na HBO. O Lemonade se tornou o disco mais vendido de 2016, com 2,5 milhões de cópias comercializadas.

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