Tony Gordon ganhou um The Voice Brasil, o que não é recomendável, para um reality show, que normalmente é o fim, não o começo da carreira dos que o vencem. Porém Tony Gordon não é um iniciante, que procura copiar modelos de cantores pop internacionais. Voz rouca (que lembra Richie Havens, o cantor de folk que abriu o festival de Woodstock em 1969), histriônico, ele domina o público, acompanhado por uma banda azeitada, destaque para o tecladista André Freitas, e o filho dele, William, no contrabaixo, Gordon é um entertainer, dá o que a plateia procura, divertimento.
Convidando a plateia a permanecer até as seis da manhã, ele irrompe com I’m Easy, uma versão longa, afinal a música é um hit que todos conhecem. Arremeta com uma boa interpretação de Wonderfull World, que rodou mundo na voz de Louis Armstrong. Já que citei Woodstock, Tony Gordon fez uma poderosa interpretação à Joe Cocker em With a Little Help of My Friends, de Lennon & McCartney. Foi de Ray Charles a Bob Marley,até o Cream, jogou para a plateia e todas as torcidas, e bem.
ALLYCATS
Tony Gordon já entrou com a plateia, da segunda noite do Gravatá Jazz Festival aquecida, pelo rock-a-billy da Allycats, banda que já é quase uma marca do evento, em que tem cadeira cativa. É grupo que atrai de grupos de motociclistas, fãs de rock ‘n’ roll dos anos 50, e leva todo mundo a dançar, por que. O repertório da banda vai de Roy Orbinson (sem deixar de fora, claro, Pretty Woman, uma que a plateia manja), Chuck Berry, e até Reginaldo Rossi (com O Rock Vai Voltar, de 1966).
Nesta segunda-feira o GJF continua com Moda de Rock (SP), Mark Lambert (EUA), Bruno Marques, Di Steffano e Lorenzo Thompson (EUA). Gravatá fica a 84 km do Recife. Todos os shows são abertos ao público.