Carnaval 2020

Gravatá Jazz Festival: com blues de Chicago e violas caipiras

A dupla Moda de Rock foi a novidade na segunda-feira

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 25/02/2020 às 11:27
Fogo: Divulgação/Prefeitura de Gravatá
FOTO: Fogo: Divulgação/Prefeitura de Gravatá
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A programação da segunda-feira, do Gravatá Jazz festival teve uma de suas atrações mais originais, que saiu do padrão do blues de Chicago, ou jazz, a dupla paulista Moda de Rock, formada por Ricardo Vignini e Zé Helder, que também se afasta do universo da música regional para tocar Led Zeppelin, Metallica, e Beethoven. Uma música que se encaixa muito bem na proposta dos dois, que também tocam o grupo Matuto Moderno. O Moda de Rock causou certa estranheza à plateia, acostumada com instrumentos mais estridentes, mas foi uma abertura para a curadoria do evento pensar em outras possibilidades que tenham a ver com o blues, mas que saia da linha mestra do festival.

FREVO

Gravatá tem uma das bandas de música mais antigas do país, a Sociedade Musical de 15 de Novembro, fundada em 1895. Destas bandas de músicas, e das bandas militares saíram os músicos que criaram o frevo. Então nada mais natural do que um grande encontro de orquestras e bandas de frevos durante o carnaval em Gravatá. Este encontro mais uma vez aconteceu nessa segunda, com participação da Spokfrevo Orquestra. Levando o frevo rasgado a cidade que é conhecida pelo festival de jazz e blues que promove durante o quatro dias de folia. As orquestras saem de várias partes da cidade e se encontram no espaço onde acontece o GJF. Muita gente comparece, já que é uma oportunidade de fazer o passo, e conferir a orquestra de frevo mais famosa do país.

STANDARDS

A noite continuou com Mark Lambert, guitarrista americano Mark Lambert, ele tocou Ivson Lacerda, no teclado, Jackson Rocha, no baixo, e Ebel Perreli na bateria, fazendo um blues mesclado com rhythm and blues. Morando no Brasil desde 2004, tocou com nomes feito Eliane Elias, co-produziu Astrud Gilberto, mas preferiu, como ele próprio alertou no começo do show, que iria tocar a música de sua terra, e não se ateve ao blues Tocou figurinhas carimbadas, como Hit the Road Jack (Percy Mayfield), lançada por Ray Charles, em 1961, ou Rocket Man, de Elton John e Bernie Taupin.

O mineiro Dudu Lima e o brasiliense Di Steffano se aproximaram mais do blues de Chicago com seu convidado especial Lorenzo Thompson, vindo diretamente de Chicago. Com Um timbre que lembra Howlin Wolf, pela maneira visceral, a voz rascante. Não é blueseiro do primeiro time, injustamente, porque tem grande presença de palco, interpreta com “soul”, foi uma das melhores atrações do GJF até a segunda-feira.       

O Gravatá Jazz Festival termina nesta terça comDudu Lima )MG), ed Bruno Bertrami, co (RJ), Uptown Band e Live Moraes, e o Serial Funkers (SP). O show são abertos ao público.

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