DVD

Finalmente o Nação Zumbi ao vivo no Marco Zero

Problemas técnicos na gravação foram superados no resultado final

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 09/03/2012 às 5:45
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O esperado DVD da Nação Zumbi, registro do antológico show apresentado em dezembro de 2009, no Marco Zero, finalmente chega às lojas, quinta-feira, dia 15 de março. O vídeo abre com uma tomada mostrando trechos da avenida Boa Viagem (de um helicóptero), e logo vai aproximando-se do local do show. Uma panorâmica sobre a praça, tomada pelo público. Corte para o palco. Um grito: “Recife, cadê você?”. Mal dá para ouvir a resposta da plateia. Irrompe o maracatu de 16 toneladas do Nação Zumbi, em Fome de tudo.

A velha praça treme sob os pés da multidão ensandecida: “A plateia foi de grande ajuda na gravação, que teve muitos problemas técnicos. Quando, por exemplo, o show parou 17 minutos, para os ajustes do Paralamas do Sucesso, tudo vinha no maior pique, e esfriou. O pessoal poderia ter se dispersado, se irritado. Mas entendeu que era gravação, ficou todo mundo lá. Quando recomeçou, a plateia voltou a pular. A gente só agradece”, reconhece o guitarrista Lúcio Maia, sobre o DVD Nação Zumbi ao vivo no Recife (Deckdisc), também no formato vinil e CD (com apoios do Funcultura e da Rede Globo). O show fechou a turnê do CD Fome de tudo, teve as participações do Paralamas do Sucesso (em Manguetown, e A praieira), Arnaldo Antunes (Antene-se), Siba e a Fuloresta (Trincheira da fuloresta), e Fred Zeroquatro (Rios, pontes e overdrives), e de um público estimado em 60 mil pessoas, totalmente entregue à banda.

A reciprocidade, tornou irrelevante os problemas técnicos: “Cara, foram as mais diversas broncas. No final, em Manguetown, alguém atirou uma camiseta na câmara de uma das gruas. Mas na edição, conseguiu-se consertar, e logo depois aparece uma bandeira com o símbolo do Nação Zumbi, quase não se percebe”, diz o guitarrista. Embora não transpareça no DVD, durante a gravação ocorreram várias falhas técnicas, tendo como principal consequência o não aproveitamento de seis das 21 músicas do repertório original: “Um problema com a voz de Herbert Vianna, por exemplo, deixou de fora A praieira”, revelou o guitarrista da NZ.

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