O cobogó é exemplo de um artefato arquitetônico adequado às características do ambiente onde nasceu, ensolarado em boa parte do ano. Ao mesmo tempo em que diminui a incidência de luz, permite que o ar circule. O fotógrafo Josivan Rodrigues pensava em fazer um ensaio sobre este objeto. Unindo-se aos arquitetos Antenor Vieira e Cristiano Borba, Josivan desenvolveu o projeto Cobogó de Pernambuco, uma pesquisa imagética e histórica sobre o tema, selecionado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura). O livro é lançado nesta quarta-feira (28/8), às 19h, na Orbe Coworking, junto com o site www.cobogodepernambuco.com.
Na ocasião, já será apresentado um desdobramento do Cobogó de Pernambuco: o Dingbat Cobogó, criado pelo designer gráfico Guilherme Luigi (dingbat é uma fonte feita com ícones e símbolos, ao invés de letras e números). Além disso, haverá um bate-papo com o público, que poderá comprar o livro (R$ 40), pôsteres e lambe-lambes com preços promocionais neste dia.
Os textos de Cristiano e Antenor apresentam a história do cobogó, contextualizada com dados sobre diferentes materiais e estruturas usados em construções. O cobogó foi criado pelo comerciante português Amadeu Oliveira Coimbra, o alemão Ernst August Boeckmann e o engenheiro pernambucano Antonio de Góes (da junção de letras dos sobrenomes deles surgiu o nome do bloco). Os três moravam no Recife, no início do século 20.
O aspecto plástico da criação deles é bem explorado nas fotos de Josivan. "Os textos dividem o livro em duas partes. As fotos do início mostram um uso vernacular, cobogós mais simples. Na segunda parte, estão imagens da arquitetura em que o uso do cobogó foi pensado já no projeto, como a caixa d’água de Olinda, que colocamos como um marco", explica Josivan.
O texto completo está no Caderno C desta quarta-feira (28/8), no Jornal do Commercio.