Pernambuco deve muito a homens, mulheres e agremiações que, com seu trabalho, enriquecem diariamente o conceito que temos de arte e cultura, poesia e beleza, São João e Carnaval. Ampliam o olhar que lançamos sobre o mundo e sobre nós mesmos, interferindo no curso da nossa identidade. Por essa imensa contribuição, alguns desses artistas receberam o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, em seleção realizada por meio de edital público pela Secretaria de Cultura/Fundarpe. A cada ano, três novos nomes são incluídos na lista, que soma atualmente 30 Patrimônios. A partir da próxima terça-feira, eles são tema do especial Pernambuco Vivo, publicado nos dias 22 e 29 deste mês.
Há um ano e meio o repórter Mateus Araújo, idealizador do projeto, e o fotógrafo Heudes Regis, editor-assistente da JC Imagem, começaram a percorrer o Estado ao encontro dos personagens que compõem os dois cadernos especiais elaborados pelo JC. O material foi arrematado pelo designer gráfico Ícaro Bione.
Repórter e fotógrafo rumaram por todas as regiões pernambucanas para colher histórias de vida que são verdadeiros casos de amor com a arte. Suas trajetórias são contadas em fotografias e textos que dão voz aos Patrimônios, oferecendo espaço para que eles possam se expressar. Os textos de Mateus optam por preservar as falas de seus interlocutores. Visualmente, o projeto ganhou o reforço do trabalho de Ícaro que, com leveza e generosidade, criou dois cadernos de desenhos sóbrios e elegantes, ressaltando a força das impressionantes imagens dos Patrimônios Vivos, registrados por Heudes.
Para finalizar, o designer sintetizou ícones que remetem à rica iconografia da cultura popular. Os elementos gráficos se somam ao conjunto compondo páginas harmoniosas, em que os elementos não concorrem entre si.
Além dos nomes já citados, também colaboraram com o especial Pernambuco Vivo os repórteres do Caderno C José Teles, Bruno Albertim e Diogo Guedes, e os fotógrafos Ricardo Labastier e Priscilla Buhr.
Durante a realização dos cadernos, Mateus e Heudes se disseram impressionados em conhecer de perto esses artistas. Nomes que com grandeza e desprendimento abriram as portas de suas casas coloridas para contar histórias de amor, superação, talento, dedicação e encantamento.
Muitos desses Patrimônios Vivos são bastante conhecidos e até já cruzaram as fronteiras do País, como o maestro Duda, Lia de Itamaracá, o maracatu Leão Coroado e J. Borges. Outros, entretanto, ainda merecem ser descobertos e mais valorizados dentro de Pernambuco. É o caso de Índia Morena, das orquestras filarmônicas do interior do Estado e da Confraria do Rosário, de Floresta. Neste especial eles se apresentam todos juntos.
O projeto é composto por dois cadernos e um hotsite, lançados neste mês, mais um e-book e uma exposição com as fotografias de Heudes, disponibilizados em novembro. O hotsite foi desenvolvido por Fábio Monteiro e os vídeos do e-book são assinados por Caíque Mulatinho.
As inscrições do edital do concurso de Patrimônio Vivo de Pernambuco estão abertas até quarta-feira, na Fundarpe – Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista, no Recife.
