HOMENAGEM

Virtuosi celebra o compositor alemão Richard Strauss

O homenageado da XVII edição do festival de música clássica tem algumas de suas obras interpretadas na Série Vicente Fittipaldi e no Virtuosi pela Paz, respectivamente nesta quinta (11) e sexta (12), no Teatro Santa Isabel

Germana Macambira
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Germana Macambira
Publicado em 11/12/2014 às 9:57
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O homenageado da XVII edição do festival de música clássica tem algumas de suas obras interpretadas na Série Vicente Fittipaldi e no Virtuosi pela Paz, respectivamente nesta quinta (11) e sexta (12), no Teatro Santa Isabel - FOTO: Divulgação
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“Quanto mais complexa, mais atraente se torna a obra de um músico.” Para o violoncelista pernambucano Leonardo Altino essa seria uma boa definição para o homenageado da XVII edição do Virtuosi – Festival Internacional de Música de Pernambuco, o compositor alemão Richard Strauss, cujos 150 anos de nascimento é celebrado em 2014.

Hoje e amanhã, às 20h, pela Série Vicente Fittipaldi – que homenageia o violonista e um dos fundadores do Conservatório Pernambucano de Música – e no Virtuosi pela Paz, no Teatro Santa Isabel, algumas das obras de Richard Strauss são interpretadas por nomes como Paulo Cortese (viola), Yannos Margaziotis e Benjamin Sung (violinos) e o próprio Altino que, no cello, é o responsável pela função mais melódica do recital.

“Ele tinha um estilo peculiar de compor, descrita nos sentimentos sobre a realidade da época. É, sem dúvida, um dos mais complexos nomes da música erudita e, por isso, um dos mais interessantes para ser interpretado”, comentou Altino.

Como um dos mais notórios músicos do final da Era Romântica e do início do século 20, Strauss compôs seguindo o contexto histórico da época em que viveu (1864-1949), definido através das experiências de um período pós-guerra, por exemplo.

Ora por meio de poemas sinfônicos como Don Juan e pelas óperas sombrias Salomé (1905) e Elektra (1909), ora por Metamorfose, uma de suas derradeiras obras, que é apresentada amanhã no Virtuosi pela Paz, todas têm em comum a descrição de uma realidade que presenciou.

“Strauss tinha uma capacidade irrepreensível de se expressar com o momento em que estava compondo. E é nisso que reside a maior complexidade de sua obra: orquestrar com destreza os seus sentimentos”, conclui Leonardo Altino.

Sonata para cello e piano (allegro con brio, andante ma non tropo e finale allegro vivo) foi a obra de Richard Strauss selecionada para hoje pelos concertistas do Virtuosi. A homenagem, para a diretora geral do evento, Ana Lúcia Altino, lhe satisfaz parcialmente. Já que, por ela, a homenagem ao compositor alemão poderia se prolongar com muitos outros recitais.

“É um dos maiores nomes da música clássica. Mas a complexidade de sua obra, no entanto, requer um cuidado maior, em se comparando com outros compositores de obras clássicas”, comentou. 

Acompanhe o violoncelista Leonardo Altino, com concerto em homenagem ao compositor pernambucano Marlos Nobre, no Teatro Santa Isabel, na XIV do Virtuosi:

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