Política cultural

Novo secretário Marcelino Granja diz que pretende ampliar verbas da pasta

Na Fundarpe, a nova gestão terá a presidência de Márcia Souto

Bruno Albertim
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Bruno Albertim
Publicado em 16/12/2014 às 19:57
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Na Fundarpe, a nova gestão terá a presidência de Márcia Souto - FOTO: NE10
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Informado no último domingo de que será o novo secretário de Cultura, o engenheiro civil Marcelino Granja diz que não esperava a indicação. “No partido, nós esperamos que o gestor dê início à sinalização”, diz ele, quadro e quota do PC do B no novo governo, uma das siglas responsáveis por levar ao poder o afilhado político de Eduardo Campos. Mas o antigo secretário de Ciência e Tecnologia tem já um paradigma: aumentar a receita da pasta.


“Nosso compromisso de lutar por recursos é fato”, diz, falando em nome também da presidente confirmada da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), a ex-secretária da Cultura e da Educação dos governos do PC do B em Olinda, Márcia Souto.


Ainda tomando pé da pasta da Cultura, Marcelino Granja teve ontem um primeiro encontro com o atual secretário, o pessebista Marcelo Canuto. O paradigma não significa, contudo, metas concretas. “Não sei se haverá aumento de orçamento da pasta. As restrições orçamentárias existem, e há formas de financiamento criativas, devemos buscá-las”, diz.


A Fundarpe deve continuar como o braço executado da secretaria. Mas apenas do ponto de vista formal: “Essa hierarquia é irrelevante, seremos os responsáveis pela elaboração e execução das políticas”, diz. Também é cedo para ditar a dança das cadeiras. “Temos excelentes quadros técnicos. Mas não posso responder se ficam ou se mudam os quadros. Temos uma linha de continuidade”, diz ele, lembrando que grande parte da gestão eduardista está sendo reabilitada.


O novo governo também não sinaliza se haverá aumento dos recursos do Funcultura. Nem se outras áreas contarão com uma lei específica como a que tem beneficiado em qualidade e quantidade o cinema. “Há vários resultados positivos já constatados. Aumentou o financiamento, o cinema cresceu muito. Conseguimos institucionalizar mais o repasse dos recursos e precisamos avançar ainda mais nesse processo”, ele diz.
Granja não confirma se Luciana Santos será mesmo a próxima ministra da Cultura. “O projeto do PC do B é que ela seja a próxima presidente do partido”. Se a atuação da ex-prefeita se tornar ainda mais federalizada, ele diz que não há, de imediato, a possibilidade de interromper a gestão como secretário para ser candidato a prefeito de Olinda, município em que Luciana é forte eleitoralmente. “Não associamos uma coisa à outra. Minha prioridade agora é fazer o novo governo funcionar na minha área”.


Ex-secretário de Ciência e Tecnologia elogiado pelo apoio ao desenvolvimento do Porto Digital, ele diz que pretende aumentar o encontro entre as áreas, a exemplo do laboratório de cinema digital. E que os diálogos com os atores da cadeia está começando. “Por recomendação expressa do governo, a primeira coisa é ter uma visão de conjunto da gestão e chamar a classe para ser ouvida, não só agora, mas para formular o tempo todo”.

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