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Ceumar: o silêncio que inspira o canto

A cantora e compositora mineira apresenta o álbum Silencia, neste sábado (25), no Teatro de Santa Isabel

Germana Macambira
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Germana Macambira
Publicado em 25/04/2015 às 6:00
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A cantora e compositora mineira apresenta o álbum Silencia, neste sábado (25), no Teatro de Santa Isabel - FOTO: Divulgação
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Nada como transformar um emaranhado de sentimentos em poesia e leveza, musicados pela saudade, pelo amor e pela celebração à liberdade. Com uma dinâmica entre o lírico e o pop e uma sutileza de arranjos que acompanha as letras biográficas, Silencia, o mais recente trabalho da cantora e compositora mineira Ceumar, vai ser apresentado hoje à noite ao público do Recife, no Teatro de Santa Isabel.

Produzido sob tais inspirações, o disco é o reflexo do momento vivido pela cantora, que deixou o Brasil há pouco mais de cinco anos e foi morar na Holanda. Por lá, ela se apropriou do saudosismo de quem não esqueceu das raízes e imprimiu, com a delicadeza sonora que caracteriza a sua discografia, o dom de falar cantando.

“Foi uma conjunção de acontecimentos que me inspirou em Silencia. O disco reflete o momento que tive, alternando entre o questionamento e o silêncio de deixar as minhas raízes para mergulhar em um novo mundo”, confessou em entrevista ao Jornal do Commercio.

Mas pouco ou quase nada mudou. A clareza da voz de Ceumar continua ressoando com graça nos ouvidos criteriosos dos amantes da boa música. “Continuo a cantar o que sinto, o que busco em minha vida. Mas perceber, de fora, o contexto da música brasileira, tem contribuído para enriquecer o meu trabalho”, salientou.

Silencia foi produzido em formato acústico, em parceria com o violoncelista francês Vincent Ségal. O músico, que já tocou com Naná Vasconcelos e com ele conheceu o coco, o maracatu e outros batuques pernambucanos, trouxe ao disco a atmosfera ideal para Ceumar unir silêncio, voz e movimentos sutis, nas 13 faixas que compõem o trabalho. “Ségal trouxe o molho que eu desejava”, avalia. 

Molho este evidenciado, também, pelo sotaque pernambucano de Zeca Pitoco, músico e arranjador que acompanha a mineira nos palcos e, especificamente, no xote Turbilhão. Está à frente da zabumba, na tríade com o triângulo e a sanfona. “Não teria sido tão brilhante sem ele.” 

Além do repertório de Silencia, Ceumar canta sucessos da carreira, que podem passear por Dindinha, seu primeiro disco – produzido por Zeca Baleiro – até outras surpresas. Com o refino de voz que Ceumar domina, certamente, Silencia deve soar bem aos apreciadores de sua música. 

Acompanhe a entrevista que a cantora Ceumar concedeu ao repórter Romero Rafael, do Social1:

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