ACADEMIA

Rogério Covaleski lança livro sobre publicidade e cinema

Na obra, ele analisa como as propagandas se apropriam de elementos fílmicos e como elas passaram a produzir os próprios conteúdos

Do JC Online
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Publicado em 23/10/2015 às 20:22
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Na obra, ele analisa como as propagandas se apropriam de elementos fílmicos e como elas passaram a produzir os próprios conteúdos - FOTO: Divulgação
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A publicidade costuma ser vista como o reino dos estímulos e das reações imediatas, mas é um universo que sempre precisa de reflexões demoradas e profundas, ainda mais hoje, quando é quase onipresente no cotidiano de todos. Para enxergar algumas tendências da propagandas na atualidade e as teorias mais atuais sobre ela, o professor Rogério Covaleski compôs o livro Cinema e Publicidade: Intertextos e Hibridismos. A obra, editada pela Confraria do Vento, ganha lançamento segunda (26/10), às 19h, na Livraria Cultura do Paço Alfândega, dentro da programação do Café Intercom UFPE.

Professor da Pós-Graduação em Comunicação de UFPE, Covaleski divide o livro em duas partes, em que atualiza pesquisas e temáticas que já trabalhou em obras anteriores. Na primeira, Intertextos, o pesquisador parte dessa diálogo que a publicidade tem feito – com frequência cada vez maior – com elementos da cultura, focando-se especialmente no cinema. “Para fazer meu mestrado, notei que a publicidade usada com cada vez maior frequência o diálogo com o cinema. Através da identificação que as pessoas tem com as produções cinematográficas, propagandas se utilizam cada vez mais de elementos das narrativas fílmicas, como personagens, trilhas, recriação de cenas”, comente. Na obra, ele atualiza essas impressões, mostrando como o cinema continua presente atualmente nesse universo.

Na segunda parte, Hibridismos, Covaleski analisa como a publicidade tem utilizado de novos formatos e estratégias para se fazer presente no cotidiano das pessoas. “A publicidade precisava fugir da rejeição que o público naturalmente tem a ela. O horário de um intervalo na TV é quando as pessoas se distraem, saem da sala, conversam sobre outros assuntos. As propagandas passaram a se inserir nos conteúdos em si, em reality shows e outros programas, mas depois começaram a a criar seus próprios conteúdos”, explica o pesquisador.

Nesse cenários, as publicidades buscam mais do que seguir o modelo antigo de mera persuasão do consumidor da mídia através do melhor preço ou de aspectos de qualidade superior. Esses elementos podem até existir, mas de uma forma cada vez mais sutil, dentro de narrativas e conteúdos originais. Alguns dos valores mais importantes para esse “entretenimento publicitário interativo” é justamente a capacidade de mobilizar o público a personalizar o que foi criado e também compartilhar o que ele mesmo viu. “Nesse universo, não existem modelos prontos. A campanha que serve para uma empresa não funciona para outra, um conteúdo feito visando um público não tem a mesma recepção feito para outro”, destaca o publicitário e pesquisador. No lançamento, Covaleski ainda vai falar um pouco sobre a obra e, depois, comanda um bate-papo informal com os presentes. 

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