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A Prefeitura de Garanhuns ameaçou e o que era boato virou verdade: o Garanhuns Jazz Festival está fora do calendário de 2016 e sua nona edição não vai ocorrer no próximo Carnaval, deixando sem opção o público pernambucano e de Estados vizinhos que tinham no evento uma rara oportunidade de diversão com boa música nos quatro dias de Momo.
“A decisão foi tomada de maneira coletiva por outras Secretarias da gestão envolvidas nesse trabalho de planejamento, de uma forma consciente. A gente teve a sensibilidade da importância do evento, porém com a crise econômica que todos os municípios estão passando, nós tínhamos que abrir mão de um dos grandes eventos que realizamos. E o resultado do levantamento nos trouxe os dados de que o Jazz era o que tinha o maior custo/benefício. Ele foi suspenso, mas deve ser retomado em 2017”, declarou a secretária de Turismo, Gerlane Melo.
A Prefeitura de Garanhuns, no entanto, manteve os eventos que custam mais caro para a cidade e que tem mais apelo popular, num ano de eleição municipal – Festival Viva Dominguinhos (21 a 23/4), Festival de Inverno de Garanhuns (3ª semana de julho), Natal Luz (18/11 a 31/12).
A gestão do prefeito Izaías Régis alega que o evento era caro para o retorno que dava à cidade. Mas esqueceu de dizer que ele foi o responsável pelo gigantismo que acometeu o evento justamente nos três anos de sua gestão, com o orçamento crescendo mais de 100%, ultrapassando os R$ 500 mil, a maior parte despesa em infraestrutura. “Estávamos disposto a volta a fazer um festival num formato menor, orçado R$ 200 mil, proposto pela prefeitura, como fazíamos nos primeiros anos. Se fosse o caso, não haveria atrações vindas dos Estados Unidos, por causa da alta do dólar”, justifica Giovanni Papaléo, criador, curador e diretor artístico do Garanhuns Jazz Festival.