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Clarice Falcão de disco novo, mas agora sob nova direção

Ela procurou fazer um trabalho diferente do primeiro álbum

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 08/03/2016 às 6:00
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Ela procurou fazer um trabalho diferente do primeiro álbum - FOTO: foto: Divulgação
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"Monomonia tinha uns temas parecidos, era quase uma grande música. Queria que com este disco fosse o contrário, o extremo oposto, que cada música tivesse um universo próprio". O comentário é de Clarice Falcão, sobre Problema Meu, seu segundo disco, lançado nas plataformas digitais no dia 26 de fevereiro. A turnê de Problema Meu começa pelo Recife, dia 18, no Baile Perfumado. Não exatamente porque o Recife é cidade natal de Clarice Falcão. Ela saiu daqui aos quatro anos, morou um ano em São Paulo e, desde então, vive no Rio: "Nem tenho mais sotaque, embora às vezes fale palavras que é preciso explicar, feito pirangueiro. O que é forte para mim do Recife são os verões que passei aí com os primos. A família de meu pai (o teatrólogo e produtor João Falcão) é imensa, ele teve 12 irmãos, acho que tenho uns 40 primos", diz Clarice.

Para diferenciar ainda mais Problema Meu de Monomania, ela convidou o requisitado Kassin para produzir o álbum, apostando no seu ecletismo estético: "Ele faz o disco dos Los Hermanos, do Buchecha e de Vanessa da Mata. Foi uma ótima escolha porque ele gosta de fazer coisas diferentes". No primeiro álbum, Clarice Falcão exercitou mais seu lado de artesã do humor: "Eu ainda estava apresentando a linguagem, o tipo de letra que eu fazia. Queria deixar claro que tinha humor lá dentro, uma visão crítica dos temas. Achava que se eu cobrisse as letras demais podia parecer apenas uma música de amor. Como já fiz isso no primeiro CD, fiquei menos preocupada no segundo", explica, a cantora, que também é atriz, autora de textos, produtora e se tornou conhecida pelo humorístico Porta dos Fundos.

Quando lançou Monomania, ela confessa que se sentiu cobrada, como se as pessoas a setorizassem. Ela era do palco, mas para atuar, não para cantar. "Passei por isso, mas é doido porque fui chamada pro palco por causa das músicas. Já trabalhava em outra coisa como atriz, mas pela via cômica. Porém foi pela música que fui descobrindo a atriz de comédia. Mas é uma bobagem limitar. Gosto de coisas que tenham humor, e elemento teatral. O próprio Luis Tatit, tem muito isso. Até mesmo no brega. Você vai nas músicas de Reginaldo Rossi e elas são muito bem­ humorados.

(Leia matéria na íntegra na edição impressa do Jornal do Commercio)

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