Frevo

Spokfrevo Orquestra e cinco sanfoneiros animam o Dona Lindu

Noite de muito frevo com uma homenagem a Naná Vasconcelos

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 20/03/2016 às 2:19
foto: José Teles
Noite de muito frevo com uma homenagem a Naná Vasconcelos - FOTO: foto: José Teles
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Mais do que um concerto de frevo, temperado com sanfona, foi uma celebração à música pernambucana, o que a Spokfrevo Orquestra apresentou, sexta e sábado, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu. Sem faltar uma reverência a Naná Vasconcelos numa interpretação sanfonada do Trenzinho do Caipira (Villa-Lobos), e ao baião, com cinco sanfoneiros improvisando em cima de composições de Dominguinhos e Luiz Gonzaga e, claro, frevo.

A orquestra do maestro Spok lançou o terceiro disco de estúdio, Frevo Sanfonado, viabilizado pela aprovação num edital da Petrobrás, para um teatro com dois terços da lotação. O que era esperado, assim como o tão pranteado Naná Vasconcelos teve seus concertos solo vistos por muitos poucos pernambucanos, a Spokfrevo Orquestra faz mais concerto fora do seu estado natal e no exterior do que no Recife. Natural.

Beto Hortiz, Gennaro, Dudu do Acordeom, Jonathas Malaquias, e Julio Cesar foram os cinco sanfoneiros agregados à SFO no disco, e no palco, com uma abertura que repassou alguns frevos do disco anterior, Ninho de Vespas, até adentrar no repertório do novo disco.  Antes disto, o maestro Spok antecipou uma novidade. O próximo CD da orquestra será de composições de um pernambucano nascido no Rio, Edu Lobo, cuja obra, desde o início é pontuada por frevos. Um destes, Frevo Diabo, incluído no show.

Retomando uma tradição dos discos instrumentais de forró, que atingiu requintes melódicos e harmônicos e com Sivuca e Dominguinhos, os sanfoneiros convidados e a SFO mostraram a interação entre sanfonas metais, com os frevos premiados de Beto Hortiz (Capibarizando e Que Saudades de Seus Domingos), de Gennaro (Sax Sanfona), Maluvida, do guitarrista da SFO, Renato Bandeira, com Julio César na sanfona solo, até chegar Frevo Sanfonado (Sivuca), e Onze de Abril (Dominguinhos), incorporada há mais de cinco anos ao repertório da SFO. Inevitavelmente, o concerto terminou com Vassourinhas, sanfonas, a SFO, com o maestro Spok convidando ao palco os passistas Wilson, Ferreirinha e Maria Flor, da Cia Frevo Eterno. 

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