O político pernambucano Roberto Freire (PPS) tomou posse nesta quarta (23) ao meio-dia do Ministério da Cultura (MinC). Ao contrário do anunciado, a cerimônia foi fechada para a imprensa, com apenas políticos e convidados. Nos discursos, não houve nenhuma menção à acusação do ex-ministro Marcelo Calero de que o secretário de Governo de Michel Temer (PMDB) Geddel Vieira Lima (PMDB) teria tentado forçar a liberação de licença para construção de um condomínio em área de preservação histórica em Salvador, na Bahia.
Na sua fala, Roberto Freire abordou a globalização, citou a Lava Jato e relembrou sua experiência parlamentar. Nas alusões a cultura, elencou uma dúzia de nomes do modernismo brasileiro e falou em “incentivo à indústria cultural”. “Venho juntar-me aos ministros que me antecederam e notabilizaram com suas ideias e equipes contribuições fundamentais para a modernização da pasta, para o incentivo à nossa indústria cultural, para a integração das várias regiões que formam o país e para a busca incessante por garantir maior acessibilidade à produção cultural para usufruto do nosso povo”, explicou.
“Nosso compromisso é com o contínuo processo de reforma do ministério, de seus instrumentos políticos, para tornar mais eficiente e transparentes nossas ações. Racionalidade na gestão para integrar os trabalhos da pasta, tendo como fim a satisfação da demanda de bens culturais da sociedade” ainda afirmou.
MICHEL TEMER
O presidente Michel Temer lembrou que conhecia Roberto Freire desde a constituinte. Também recordou que pensou no nome de Roberto Freire para a pasta antes de extinguir o Ministério da Cultura – ironicamente, em suas redes sociais, o próprio presidente do PPS já havia defendido a extinção do MinC.