A Secult/Fundarpe divulgou os vencedores da 4ª edição do Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia. Ao todo, foram 12 premiados nas categorias Teatro Adulto; de Animação; para Infância; Mestres/Mestras; e Grupos/Comunidades, com prêmios que chegavam a R$ 15 mil.
No âmbito da Cultura Popular, foram reconhecidas ações desenvolvidas pelos Grupos, Mestras e Mestras com um trajetória marcada pela busca, manutenção e o registro de suas atividades; compromisso com a transmissão de práticas, histórias e memórias das comunidades em que vivem e atuam. A premiação contempla ações em todas as regiões do Estado.
Mestre Saúba, por exemplo, é reconhecido pela confecção de bonecos artesanais, como mané gostoso, rói-rói, todos com madeira, de imbaúba. Já a mestra Socorro Rodrigues, de Arcoverde, é referência na tradição do coco de roda.
A Comissão de Seleção de Cultura Popular foi composta por Jailma Maria Oliveira, Luiz Henrique Costa Santos e Wellington Bartholomeu Sampaio Mendes Júnior, sob a coordenação de Teresa Amaral, da coordenadoria de Cultura Popular da Secult.
DRAMATURGIA
Já em Dramaturgia, a seleção foi feita por Gilberto Gawronski, Henrique Fontes e Luiz De Assis Monteiro, sob a coordenação de José Neto Barbosa, coordenador de Teatro da Secult. Além dos prêmios em dinheiro para cada categoria, os vencedores neste segmento terão seus textos teatrais publicados pela Cepe Editora. O primeiro volume do livro Dramaturgias, com os vencedores da primeira e da segunda edição do Prêmio, já está disponível.
Haverá um pré-lançamento da obra no Festival de Inverno de Garanhuns, bem como em agosto, quando reunirá todos os autores premiados.
Cleyton Cabral, premiado na categoria Teatro de Animação, já foi contemplado pelo prêmio outras duas vezes, em 2016 e 2018, na categoria Adulto. Com o texto Hélio, o Balão Que Não Consegue Voar, ele aprofunda sua pesquisa de temas considerados tabus para a infância.
“Em O Menino da Gaiola, (o tema foi) o abuso sexual contra crianças; em Hélio..., o autismo; e em outro texto ainda inédito e que estou enviando para concurso, eu trato da depressão. O prêmio é importante, tanto para incentivar o trabalho do dramaturgo na cidade, quanto para que o texto teatral circule e estimule sua leitura”, pontua Cleyton.
Para Raphael Gustavo, contemplado com o 1º lugar na categoria Teatro para a Infância, com o texto Conto de Passarinha, o prêmio ajuda a suprimir uma lacuna no fomento de produções dramatúrgicas em Pernambuco.
"O prêmio é importantíssimo porque desde 2016 ele vem para fomentar, reconhecer, e principalmente estimular os artistas a continuar com seus trabalhos, tanto na literatura, com as dramaturgias, quanto na cultura popular, em suas várias ramificações. A gente tem uma dificuldade muito grande em Pernambuco que é o fato da centralização nas metrópoles. Esses editais vinculados à Fundarpe faz com que sejam reconhecidos artistas de regiões distintas", reforça Raphael.
