Patrimônio Vivo

Assis Calixto: Coco é raiz do mestre de Arcoverde

Mestre discute importância da ancestralidade e da transmissão de saberes

Adriana Guarda
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Adriana Guarda
Publicado em 16/08/2019 às 19:36
Foto: Leo Motta/JC Imagem
Mestre discute importância da ancestralidade e da transmissão de saberes - FOTO: Foto: Leo Motta/JC Imagem
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“As nossas raízes escravas estão dentro de nós. Meu irmão Lula (Calixto) quando ia vender cocada e pão na rua acabava cantando uma música ou pisando um coco pra agradar o cliente. Isso ninguém ensina, tá na gente porque é nossa história”, diz Assis Calixto, que gosta de dividir o título de Patrimônio Vivo (in memoriam) com o irmão Lula, que morreu há 20 anos.

Os irmãos são responsáveis por alçar Arcoverde, no Sertão, a Capital do Samba de Coco. Em 1992 eles criaram o grupo Coco Raízes e seguem perpetuando o legado entre netos e bisnetos. Lula também criou tamancos de tábua de pinho porque não gostava do som que os outros faziam quando dançavam o coco.

DE PRIMEIRA

“Essa foi a nossa primeira tentativa de conquistar o título de Patrimônio Vivo e ficamos felizes em sermos reconhecidos pelo trabalho que fazemos enquanto ainda estamos aqui com capacidade de criar e repassar nossos conhecimentos para as novas gerações. O valor mensal também vai ajudar porque muitos artistas não conseguem viver só da arte”, observa.

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