SÃO PAULO - A Cori veio esportiva e sofisticada graças a muita alfaiataria bem-cortada, em peças-desejo que marcaram todo o desfile. Vestidinhos e minissaias ganharam barra levemente evasé e, em outros momentos, com as preguinhas das saias do uniforme de tênis retrô.
As peças foram feitas de cetim, seda, e destaque para a tela de linho e crepe e o couro vazado, que gerou efeito furadinho como o que aparece nos casacos esportivos. Alguns looks vieram com acabamento conhecido como debrum, uma tira costurada no tecido, que lembra as marcações da roupa esportiva. O recurso foi perfeito para unir as partes recortadas dos tecidos, como em um quebra-cabeça fashion, principalmente em paletós-vestido.
As regatas volumosas apareceram com bainhas arredondadas, usadas sobre minissaia, em um composê de volume na parte de cima e shape curto embaixo que já foi visto em outras edições mas ainda não pegou nas ruas.
Quebrando a monotonia do liso que dominou toda a coleção assinada pela estilista Taciana Menezes, grafismos feitos pelo artista Henrique Oliveira. Ele criou listras aguadas que pareciam que a peça tinha recebido um banho de água caído diretamente de uma peça de madeira. O material, aliás, é marca registrada do artista, e apareceu nos braceletes e máxi argolas arredondadas.
O branco dominou boa parte do desfile, para lembrar o uniforme de tenista. Mas também dividiu espaço com peças metalizadas e em tons de framboesa, "manteiga", tangerina e lavanda.