O certame do Ministério do Planejamento, suspenso há quase dois anos, foi anulado, conforme a portaria 99 divulgada no Diário Oficial da União de hoje (14). A publicação informa também que o ressarcimento da taxa de inscrição e novas orientações serão divulgadas oportunamente. A Escola de Administração Fazendária (Esaf), banca organizadora do concurso e o Tribunal de Contas da União firmaram um acordo para o cancelamento.
O concurso contou com mais de 9,8 mil candidatos, que concorriam a 150 vagas. Desde o início da seleção, os participantes questionavam os critérios utilizados. No começo de outubro de 2013, época do início das inscrições, os candidatos questionavam o fato de que a experiência profissional dos candidatos dava um peso quase dez vezes maior no certame.
Diante dos questionamentos, o Ministério do Planejamento afirmou que a mudança tinha como objetivo selecionar profissionais maduros, aptos a liderar e gerir projetos e também evitar a aprovação massiva de jovens recém-formados e inexperientes. Por isso, "exige experiência compatível com o salário e as atribuições do cargo, e este aprimoramento tem sofrido resistência por parte da associação que representa os gestores já concursados”, afirmou o órgão.
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O salário para o cargo, na época, era de R$ 13,6 mil mensais. Ainda segundo o Ministério “o cargo de gestor é de alta qualificação, em razão do amplo conhecimento que requer sobre o funcionamento do Estado, com atribuições voltadas ao planejamento, elaboração, execução e acompanhamento de políticas públicas”.
A assessoria do planejamento divulgou que não há previsão para realização de um novo processo seletivo devido à suspensão dos concursos federais anunciada em setembro.
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