O crescimento econômico deve se enfraquecer no Brasil e Alemanha nos próximos meses, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (8), pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A OCDE, que tem sede em Paris, informou que seu indicador de atividade econômica futura sugere que o crescimento nos países desenvolvidos ficará em torno dos níveis atuais, com as grandes economias desenvolvidas dando contribuição menor ao resultado global do que deram nos anos que se seguiram à crise financeira de 2008. Como resultado dessa combinação, é improvável que o ritmo de crescimento mundial aumente significativamente este ano.
Em maio, o índice de indicadores antecedentes dos 34 países-membros da OCDE ficou em 106,0, igual ao do mês anterior. O dado do Brasil, que não pertence à entidade, caiu para 98,7 em maio, de 98,8 em abril, com a leitura abaixo de 100,0 sugerindo crescimento abaixo da tendência.
Os resultados de outros grandes países emergentes, como Índia, China e Rússia, avançaram em maio, mas também permaneceram abaixo de 100,0. O da Índia especificamente subiu pelo segundo mês seguido, alcançando 98,2, ante 98,1 em abril. A perspectiva para a Índia aparentemente melhorou com a eleição de Narendra Modi como primeiro-ministro. A expectativa é que Modi realize reformas estruturais favoráveis aos negócios.
No caso da Alemanha, o índice recuou pelo terceiro mês seguido, para 100,5, indicando expansão mais lenta nos próximos meses. Entre outras economias desenvolvidas, o índice dos EUA foi para 100,6 em maio, de 100,5 em abril, o do Reino Unido ficou estável em 101,1, e o do Japão caiu para 100,4, de 100,7. Já o da zona do euro também se estabilizou, em 101,1.
O índice de indicadores antecedentes da OCDE foi criado para fornecer sinais de pontos de viragem entre a expansão e a desaceleração da atividade econômica e baseia-se numa ampla variedade de séries de dados que historicamente sinalizam mudanças na atividade.