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Fundo líbio exige US$ 1 bilhão de Goldman Sachs por abuso de confiança

A disputa diz respeito a transações realizadas em 2008, logo após a criação em 2006 do fundo

Da AFP
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Publicado em 06/10/2014 às 16:37
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O fundo soberano da Líbia exigiu 1 bilhão de dólares (800 milhões de euros) ao banco americano Goldman Sachs, a quem acusou perante um tribunal de Londres de abusar de alguns de seus inexperientes diretores.

A disputa diz respeito a transações realizadas em 2008, logo após a criação em 2006 do fundo, o Libyan Investment Authority (LIA), responsável por administrar as receitas petrolíferas do país.

O LIA afirma que o banco americano convenceu seus gestores, mal informados, a investir no mercado de derivativos no valor de 1 bilhão de dólares. Em seguida, estes produtos perderam quase todo o seu valor durante a crise financeira.

Nos documentos consultados pela AFP, o LIA acusa o banco de ter usado sua influência "para realizar uma série de investimentos em derivativos complexos, que se mostraram muito vantajosos para o GSI (Goldman Sachs International), mas que eram inerentemente inadequados para um fundo soberano como o LIA".

O Goldman Sachs teria tido um lucro de US$ 350 milhões nessas operações, segundo o fundo.

O banco americano argumenta, por sua vez, que os gestores de fundos líbios estavam bem conscientes dos riscos das operações e que alguns deles eram "profissionais altamente experientes".

A audiência preliminar perante o tribunal de Londres acontecerá na terça-feira. O LIA espera que o processo ocorra no início de 2015, a menos que ambas as partes cheguem a um acordo mais cedo.

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