A riqueza global das famílias no mundo aumentou 8,3% em um ano para alcançar o recorde de 263 trilhões de dólares em 2013, segundo o estudo "Riqueza global" publicado nesta terça-feira pelo banco Crédit Suisse.
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Este nível, equivalente teoricamente a 56 mil dólares por adulto, supera em 20% o recorde conquistado antes da crise em 2008.
A cotação sólida das ações e do mercado imobiliário permitem contrabalançar uma conjuntura fraca, segundo o estudo. Os Estados Unidos, mas também a Europa, lançam resultados para cima com um crescimento superior a 10% em ambos os casos.
Uma economia mundial letárgica não impediu que os patrimônios crescessem, analisa o banco.
As cotações das ações foram anormalmente altas em alguns países, e no mercado imobiliário o preço médio aumentou 2,4%, embora com grandes disparidades segundo os países.
A América do Norte é a região onde se concentra a maior riqueza das famílias (34,7%). A Europa ocupa o segundo lugar (32,4%) e a região Ásia-Pacífico (sem a China) o terceiro (18,9%). A riqueza das famílias aumentou em 2013 em 715 bilhões de dólares (+3,5% anual).
Alguns países registram, por sua vez, retrocessos na riqueza global das famílias: Indonésia (-260 bilhões), Argentina e Rússia (-135 bilhões cada um) e Turquia (-100 bilhões).
Os Estados Unidos abrigam 41% de pessoas cuja fortuna supera um milhão de dólares em todo o mundo.
A Credit Suisse fornece pela primeira vez um indicador das desigualdades. Desde 2000 elas se agravaram na América Latina e na África, mas ainda mais na Índia e na China. No entanto, diminuíram ligeiramente nos Estados Unidos e na Europa.
No mundo, 400 milhões de adultos dispõem de um patrimônio superior a 100.000 dólares. Eram 217 milhões no ano 2000.