O grupo "Ethique sur l'étiquette" (Ética na Etiqueta) lançou nesta quarta-feira em Paris uma campanha denominada "#soldées", para protestar pelos salários miseráveis pagos no mundo pela indústria têxtil.
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"Ethique sur l'étiquette" agrupa várias associações, sindicatos e organizações de consumidores da França. Seu objetivo é a promoção do respeito dos direitos humanos no mundo do trabalho mundial.
A campanha se propõe "a denunciar o fato de que as funcionárias são consideradas menos como pessoas humanas que como fatores de produção", declarou à AFP Nayla Ajaltouni, porta-voz do grupo.
Ética na Etiqueta quer "exigir que as multinacionais do setor têxtil levem em conta em suas práticas econômicas o direito dos trabalhadores de suas redes terceirizadas a um salário vital", que permita cobrir as necessidades básicas.
Junto com a "Clean clothes campaign", da qual o grupo é o braço francês, o Ética na Etiqueta enviou um questionamento a 50 multinacionais para avaliar seu compromisso em favor de um salário vital.
O coletivo disse que nenhuma das multinacionais que responderam se comprometeu de maneira significativa sobre o tema.
Ética na Etiqueta lembrou que "a maioria dos 60 milhões de trabalhadores" da indústria têxtil no mundo "não ganham para viver dignamente".