Queda do Petróleo

Queda no petróleo faz Irã rever gastos

O Irã, membro da Opep, tem a quarta maior reserva provada de petróleo do mundo

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Publicado em 07/12/2014 às 16:44
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O Irã, membro da Opep, tem a quarta maior reserva provada de petróleo do mundo - FOTO: Pedro Bolle / USP Imagens
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O presidente iraniano, Hassan Rohani, apresentou neste domingo (7) ao Parlamento um orçamento para o próximo ano com base em um barril de petróleo a pouco mais de US$ 70, e declarou que o país vai se tornar menos dependente do ouro negro.

Rohani reconheceu que o orçamento para o ano fiscal que se inicia em março 2015 será "sob pressão", dada a queda dos preços do petróleo no último semestre, que passou de cerca de US$ 100 o barril para cerca de US$ 70.

"No curto prazo, teremos uma redução na renda", disse ao Parlamento. "Nossa economia deve ser orientada para as exportações não petrolíferas. A queda nos preços do petróleo é uma nova oportunidade para acelerar essa tendência", acrescentou.

O Irã, membro da Opep, tem a quarta maior reserva provada de petróleo do mundo.

Por causa do embargo do petróleo estabelecido em 2012 pelos Estados Unidos e pela União Europeia, em resposta às ambições nucleares de Teerã, as exportações de petróleo do Irã caíram de 2,2 milhões de barris por dia (mbd) em 2011 para 1,3 mbd hoje.

Nos últimos meses, os preços caíram 30%, a seu menor nível em cinco anos, por uma combinação de oferta abundante, fraca demanda e dólar forte.

Rohani explicou que o orçamento para o próximo ano prevê receitas de petróleo de 24 bilhões, o que representa menos da metade da renda do país.

Especificamente, o petróleo será responsável por 47% da receita total, comparado aos 53% atuais. Os gastos globais devem aumentar em 8,5%.

A agência de notícias Irna indicou que a previsão do preço do petróleo para o orçamento foi fixada em US$ 72 por barril, bem abaixo dos US$ 100 do orçamento do ano corrente.

Por outro lado, segundo Rohani, o percentual das receitas das exportações de petróleo ingressado no fundo soberano iraniano vai cair de 31% este ano para 20% no próximo ano.

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