As subsidiárias norte-americanas do banco espanhol Santander e do alemão Deutsche podem ser reprovadas em testes de estresse ("stress tests"), feitos pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), para medir as deficiências das instituições financeiras e prever potenciais perdas e riscos. A informação foi publicada pelo jornal "Wall Street Journal", neste sábado (21).
Qualquer banco dos Estados Unidos, ou unidade de banco internacional, com total em ativos acima de US$ 50 bilhões tem que participar do teste.
No ano passado, 30 bancos participaram da avaliação e, pela primeira vez, o Fed publicou suas preocupações com os testes de estresse, introduzidos depois da crise iniciada em 2007, para reduzir o risco de que os contribuintes tivessem que gastar novamente bilhões de dólares para recuperar empresas financeiras.
Segundo o jornal, neste ano, o Fed poderia criticar especialmente a metodologia e os meios utilizados para realizar essas simulações.
Se falharem no teste, as duas subsidiárias podem ser impedidas de pagar dividendos a suas matrizes na Europa.
A filial do Santander nos EUA, o maior banco da zona do euro por capitalização de mercado, falhou nos testes de estresse realizados em 2014. O banco alemão passa pelo teste pela primeira vez.
O Federal Reserve não comentou o assunto, assim como o Banco Santander.
"O Deutsche Bank Trust Corporation, que representa menos de 5% do total de ativos do Deutsche Bank AG, teve o prazer de participar dos testes de estresse deste ano", disse um porta-voz do banco.
Os resultados parciais dos testes de estresse serão lançados pelo Fed no dia 5 de março e os completares, em 11 de março.