Os países produtores que não integram a Opep devem cooperar para obter o aumento dos preços do petróleo, já que os membros do cartel se negam a assumir a tarefa sozinhos, afirmou o ministro saudita do Petróleo.
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"Nos negamos a assumir sozinhos a responsabilidade, porque (a Opep) fornece apenas 30% da oferta no mercado e os 70% restantes vêm de fora da Opep", declarou o ministro Ali al-Nuaimi à agência oficial saudita SPA.
As cotações do petróleo registraram queda de 60% entre junho de 2014 e fevereiro de 2015, consequência do excesso de oferta e queda da demanda.
A tendência de queda foi acentuada em novembro, quando a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), formada por 12 países, decidiu manter o teto da produção em 30 milhões de barris diários.
Ao ser questionado se a Opep está disposta a negociar com os outros produtores para reduzir a oferta e estimular os preços, Al-Nuaimi recordou que durante o 'crash' de 1998 o cartel cooperou de maneira eficiente com os demais produtores.
"Atualmente, a situação é difícil. Tentamos, nos reunimos com eles, mas não conseguimos, porque insistem que a Opep assuma sozinha toda a responsabilidade", comentou o ministro saudita.
"Se queremos que os preços melhorem, todos devem contribuir, porque isto interessa a todos", insistiu Al-Nuaimi.
A Arábia Saudita e os sócios árabes do Golfo são acusados de não reduzir a produção para prejudicar outros produtores de petróleo e tentar afastá-los do mercado, com um período prolongado de preços baixos.