Os grupos de telecomunicações Nokia e Alcatel-Lucent anunciaram nesta quarta-feira um acordo para o início de um processo de fusão, com uma oferta pública de intercâmbio da empresa finlandesa sobre a concorrente francesa no primeiro semestre de 2016.
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A aproximação das duas empresas criará um peso pesado europeu da tecnologia, capaz de competir com a sueca Ericsson ou com empresas chinesas.
A Nokia oferece 0,55 de suas próprias ações por cada ação da Alcatel-Lucent, o que representa uma valorização de 28% para os acionistas da Alcatel a respeito da cotação média de seus títulos nos últimos três meses, afirma as duas empresas em um comunicado conjunto.
A oferta pública de intercâmbio do grupo finlandês sobre a rival francesa avalia a Alcatel em 15,6 bilhões de euros, e seus acionistas conservarão um terço do novo grupo, que será comandado pelos atuais executivos da Nokia.
A oferta foi mal recebida na Bolsa de Paris e a ação da Alcatel-Lucent registrava queda de 10%. Após a conclusão da operação, dois terços do capital seguirão sob controle dos acionistas da Nokia e o restante nas mãos dos acionistas da Alcatel.
O novo grupo terá o nome Nokia e sede na Finlândia. Os principais executivos serão os dois homens que comandam a empresa finlandesa atualmente. Risto Siilasmaa conservará o cargo de presidente do conselho de administração e Rajeev Suri seguirá como diretor geral.
Os representantes da Alcatel-Lucent terão três postos dos nove ou 10 no conselho administração, incluindo o de vice-presidente. O futuro grupo tem o objetivo de economizar 900 milhões de euros em custos até 2019 e pretende reduzir os custos financeiros em € 200 milhões.