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Banco Europeu aumenta pressão sobre Grécia

O diretor do Banco Central Europeu, Mario Draghi, assume postura mais rígida.

Da AFP
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Publicado em 18/04/2015 às 18:09
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Informação foi repassada por Mario Draghi, primeiro-ministro italiano - FOTO: Foto: Daniel Roland/AFP
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O diretor do Banco Central Europeu, o italiano Mario Draghi, aumentou neste sábado a pressão sobre a Grécia ao pedir a Atenas "muito mais trabalho" no desenho de um plano aceitável que permita obter mais financiamento da Europa.

"É preciso mais trabalho, muito mais trabalho, e isto é urgente", disse Draghi durante entrevista coletiva no último dia da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), em Washington.

Com o tempo contra, a Grécia negocia com a União Europeia para obter a liberação de 7,2 bilhões de euros para honrar suas obrigações imediatas.

O governo do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, busca flexibilizar as condições de austeridade impostas pelos credores, mas até o momento esta tentativa não surtiu efeito e os credores europeus e o FMI exigem progressos nas reformas.

"Todos querem que a Grécia tenha sucesso" na sua tentativa de sair da crise, mas "a resposta está nas mãos do governo grego", destacou Draghi.

Os negociadores gregos estão reunidos neste sábado, em Paris, com representantes da União Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional para tentar fechar um acordo antes do encontro de ministros da Fazenda da zona do euro, na Letônia, em 24 de abril.

O governo grego necessita urgentemente de um novo financiamento para pagar salários no final do mês e realizar uma série de pagamentos da dívida com o FMI e o BCE, nos próximos três meses.

"Não há tempo a perder e será preciso redobrar esforços", advertiu o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew, durante as assembleias do final de semana. "A Europa não precisa de uma nova crise".

Segundo Draghi, o novo governo grego deve estar atento ao "impacto orçamentário" de suas propostas para que possa haver uma discussão clara com o Eurogrupo.

Draghi se negou a especular sobre a possibilidade de a Grécia ficar impossibilitada de honrar seus compromissos em maio, cenário que levaria o país para fora da zona do euro.

"Não quero nem pensar em algo deste tipo (...). Os líderes gregos garantem continuamente sua intenção de honrar todos os seus compromissos".

Mas Draghi admitiu que no caso do agravamento da crise, a zona do euro entraria "em um território desconhecido".

A Grécia deve apresentar seu programa de reformas a tempo de negociar, em junho, um novo e terceiro plano de socorro.

Atenas precisa convencer a UE sobre a viabilidade financeira de seu programa, além de BCE e FMI, instituição que advertiu durante as reuniões em Washington que o crescimento econômico mundial se mantém frágil e persistem os riscos.

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