O secretário de Estado americano, John Kerry, saudou nesta quinta-feira (23) a aprovação por uma comissão do Senado de um projeto de lei que concede mais margem para o presidente Barack Obama negociar tratados de livre comércio.
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O texto, aprovado na noite de quarta-feira (22) pelos senadores da Comissão de Finanças, ainda precisa receber o aval de todos os legisladores do Congresso.
A aprovação permitirá "avançar nas negociações comerciais mais importantes de nossa história", estimou Kerry em uma mesa redonda.
A lei confere ao presidente Obama "a flexibilidade necessária para negociar de maneira confiável e eficaz em nome de nosso país", prosseguiu o chefe da diplomacia americana.
Se o Senado aprovar, e posteriormente a Câmara de Representantes, a lei criará um mecanismo simplificado para que o Congresso autorize ou rejeite qualquer acordo negociado por Obama, sem possibilidade de emenda, um procedimento utilizado no passado para evitar um estancamento no Congresso.
A lei afetaria em primeiro lugar o acordo Transpacífico (TPP, em inglês) que os Estados Unidos negociam com 11 países da região Ásia-Pacífico: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã.
A ala esquerda do Partido Democrata, aliado dos grandes sindicatos, não encara esta aproximação com bons olhos e teme que a abertura dos mercados americanos enfraqueça os setores industriais.
"O comércio cria empregos, ponto final. E os cinco, 20, 100 últimos anos provam isso", explicou John Kerry.