Nova pesquisa divulgada nesta sexta-feira (3) na Grécia aponta uma disputa acirrada para o plebiscito de domingo (5), mas uma ampla maioria a favor do uso do euro como moeda do país. O levantamento foi feito pelo instituto Alco e publicado pelo jornal "Ethnos". De acordo com a pesquisa, 44,8% dos gregos dizem que vão votar pelo "sim" no domingo, ou seja, pela proposta dos credores internacionais, e 43,4% afirmam que optarão pelo "não". Como a margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, há empate técnico. Os indecisos são 11,8%.
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A pesquisa perguntou aos gregos se preferem o euro como moeda no país ou o retorno de moeda nacional. No total, 74% responderam querer permanecer na zona do euro. Nos últimos dois dias, outras pesquisas apontaram uma tendência de crescimento do "sim" no plebiscito, convocado no último fim de semana pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras.
Tsipras faz campanha aberta pelo "não" em meio ao rompimento das negociações com o bloco e o calote no FMI.
O Syriza, partido de Tsipras, mostra sinais de isolamento no Parlamento -seus únicos aliados, os Gregos Independentes, começam a manifestar preferência pelo "sim", contrariados com as medidas de controle de capital impostas pelo governo.
O fato é que o partido nunca teve a maioria dos gregos. Chegou ao poder com 36% dos votos e indicou o premiê porque, pelas regras, o primeiro colocado nas urnas ganha 50 cadeiras extras -o Syriza atingiu então 149 de 300 e, com mais 13 da coalizão, assumiu o governo.
O futuro do governo vai depender muito de como será a votação "em termos de proporção", disse à reportagem o ministro de Educação, Cultura e Religião, Aristides Baltas, da direção do Syriza e do gabinete de confiança de Tsipras. Protestos estão marcados nesta sexta-feira (3) em Atenas por apoiadores do primeiro-ministro e também por setores da oposição favoráveis ao voto "sim".