A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou que as economias emergentes devem estar atentas à situação econômica na China, que anunciou hoje (1º) a queda da produção industrial. Ela advertiu que o crescimento mundial este ano deverá ficar abaixo do previsto.
Em discurso na Universidade de Jacarta, Lagarde declarou que o crescimento mundial será provavelmente mais fraco do que o previsto, menos de dois meses depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter revisto para baixo as previsões para 2015, que ficaram em 3,3%.
Segundo a diretora, os mercados emergentes, entre eles a Indonésia e o Brasil, foram particularmente atingidos pela desaceleração da China, segunda economia mundial.
Uma queda na procura chinesa de matérias-primas, ou seja, de exportações de que dependem muitas economias emergentes, teve consequências para esses países, dificuldades que foram agravadas com a recente desvalorização do yuan, a moeda chinesa.
O FMI espera que a Ásia estimule o crescimento mundial, mas o ritmo é menor que o previsto e ainda pode cair, afirmou Lagarde, insistindo na necessidade de "uma resistência maior".
A queda do crescimento chinês já era esperada e não foi brusca, acrescentou a dirigente do FMI, lembrando que a transição do país para uma economia maior de mercado era "complexa e pode ter sido um pouco caótica".
Para Lagarde, outras economias emergentes, incluindo a Indonésia, devem estar atentas para enfrentar um possível impacto da desaceleração da China e um endurecimento das condições financeiras mundiais".